Tarifaço, bravatas e imigração: os 100 dias de Trump de volta à Casa Branca

Desde que reassumiu a presidência, Donald Trump tem seguido à risca o roteiro que o consagrou como figura polarizadora na política americana. Em seus primeiros 100 dias de volta à Casa Branca, o republicano intensificou a retórica nacionalista, adotou tarifas agressivas contra a China e países da América Latina e redobrou os esforços para conter a imigração em massa medidas que já geram reações contundentes dentro e fora do país.

Tarifaço como arma política e econômica

Um dos primeiros atos do novo governo, foi o anúncio de um pacote de tarifas sobre produtos chineses e latino-americanos. A justificativa, segundo Trump, é “proteger o trabalhador americano e restaurar a soberania econômica”. No entanto, economistas alertam que a escalada tarifária pode afetar diretamente o consumidor americano, além de gerar represálias comerciais que enfraquecem a cadeia global de suprimentos.

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A China respondeu com um novo pacote de tarifas sobre importações dos EUA, reacendendo temores de uma guerra comercial prolongada. No México e no Brasil, a medida também foi vista como um sinal de hostilidade e ameaça ao fluxo comercial.

Trump voltou a usar suas redes sociais como megafone político. As publicações frequentes, recheadas de ataques à imprensa, ao sistema judiciário e à oposição democrata, mantêm viva a retórica que o fez símbolo da “América profunda”. Para seus apoiadores, trata-se de uma postura autêntica e corajosa. Para os críticos, um claro desrespeito às instituições democráticas.

O Congresso, dividido tem tido dificuldade em conter os excessos retóricos do presidente. Parlamentares democratas já falam em abrir comissões para investigar a conduta do governo em áreas sensíveis como segurança nacional e interferência judicial.

Imigração no alvo

Repetindo a fórmula do primeiro mandato, Trump endureceu ainda mais a política migratória. Com reforço na patrulha de fronteira e novas restrições a vistos de trabalho e permanência, o presidente quer mostrar firmeza no controle das fronteiras. A medida já impacta diretamente milhares de famílias imigrantes e gera tensão diplomática com países vizinhos, principalmente o México. A construção de novas seções do muro na fronteira sul foi retomada com financiamento emergencial. Organizações de direitos humanos denunciaram o aumento de deportações sumárias e separações familiares, reacendendo o debate sobre a ética e a legalidade dessas práticas.

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