Tarcísio critica Lula em ato na Paulista e diz que presidente tem “dor de cotovelo” de Bolsonaro

Durante uma manifestação da direita realizada no domingo (29), na Avenida Paulista, em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sente “dor de cotovelo” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração aconteceu diante de milhares de apoiadores que atenderam ao chamado de lideranças conservadoras para o evento com o lema “Justiça Já”.

Cotado como um dos possíveis nomes da direita para a disputa presidencial de 2026, Tarcísio fez críticas contundentes ao governo Lula, destacando problemas como alta carga tributária, juros elevados, corrupção e gastos públicos excessivos.

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“O Brasil está cansado da corrupção, do descontrole fiscal e da política de aumento de impostos. Quem paga essa conta é o povo. O Brasil não aguenta mais o PT, não aguenta mais juros altos. Precisamos retomar o caminho da responsabilidade econômica”, afirmou o governador.

Durante o ato, Tarcísio puxou gritos de “mito” em apoio a Bolsonaro, que estava presente e chegou a se emocionar. O governador ainda afirmou que o país está “afundando” devido ao aumento dos gastos promovidos pela atual gestão federal. Ele criticou a taxa Selic, atualmente em 15,00% ao ano, dizendo que ela prejudica os pequenos empreendedores e atrapalha a recuperação da economia.

Críticas ao Governo Lula e elogios a Bolsonaro

Tarcísio aproveitou o palco para exaltar a gestão de Bolsonaro. Segundo ele, o ex-presidente “saneou as estatais, levou água ao Nordeste, e criou o Pix”, enquanto o atual governo estaria desfazendo conquistas importantes.

Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução/Redes Sociais
Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução/Redes Sociais

“Em apenas sete meses, Lula jogou tudo na lata do lixo. Bolsonaro é um grande líder. Podem até tentar tirá-lo das urnas, mas nunca vão tirá-lo do coração do povo brasileiro”, disse.

Bolsonaro diz que não precisa ser presidente

Também presente na manifestação, Jair Bolsonaro fez um discurso onde afirmou que “nem precisa ser presidente”, mas defendeu que seus apoiadores elejam uma maioria no Congresso para reequilibrar os Poderes”. Ele criticou o que chamou de “fumaça de golpe” e declarou que o objetivo de seus processos judiciais seria “eliminá-lo”, e não apenas condená-lo.

O ex-presidente virou réu em março de 2025, acusado de envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A manifestação na Paulista, segundo organizadores como o pastor Silas Malafaia, também teve como pauta o pedido de anistia para os presos do 8 de Janeiro, além de protestos contra medidas econômicas do atual governo, como o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e denúncias de fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ato reuniu cerca de 12 mil pessoas, segundo estimativa por IA

Apesar da expectativa de uma grande mobilização, o público presente foi bem menor do que em manifestações anteriores ligadas ao bolsonarismo. De acordo com uma contagem realizada por inteligência artificial, utilizando imagens de drones analisadas por software especializado, a manifestação contou com aproximadamente 12,4 mil pessoas, com margem de erro de 1,5 mil para mais ou para menos.

O levantamento foi feito pelo Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) em parceria com a ONG More in Common. A baixa adesão contrastou com eventos anteriores promovidos por Bolsonaro, que chegaram a mobilizar centenas de milhares de pessoas.

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