O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou a suspensão temporária do programa de bonificação que tinha como objetivo acelerar a análise de benefícios e reduzir a fila de aposentadorias. A decisão foi motivada pela falta de verba no orçamento federal, o que inviabilizou o pagamento de gratificações e a continuidade das ações emergenciais.
LEIA TAMBÉM: Correios em crise: rombo bilionário expõe má gestão e perda de competitividade
O programa havia sido criado para estimular servidores a trabalharem além da carga horária regular, com foco em diminuir o tempo de espera dos segurados.
Segundo dados recentes, a fila ultrapassa 2,8 milhões de pedidos, com casos de pessoas que aguardam há mais de um ano por uma resposta. Com a suspensão, especialistas alertam que o prazo médio para concessão dos benefícios pode voltar a crescer significativamente.
Confira “Filhos do Silêncio” de Andrea dos Santos
A medida também interrompe o ritmo de recuperação que vinha sendo observado desde o início do ano, quando o número de análises mensais havia aumentado após novas contratações e incentivos financeiros. Entidades que representam os servidores afirmam que o problema é resultado da falta de planejamento orçamentário e da demora na liberação de recursos.
Já o Ministério da Previdência Social declarou que trabalha em alternativas para restabelecer o programa ainda em 2025, caso haja suplementação de verba. A suspensão reacende o debate sobre a eficiência da gestão pública e o impacto das restrições fiscais na prestação de serviços essenciais. Para os segurados, a notícia representa um novo obstáculo em um processo que já é burocrático e demorado.
Enquanto o governo busca uma solução, milhões de brasileiros seguem aguardando a aposentadoria como única fonte de sustento. O impasse orçamentário do INSS, além de expor fragilidades administrativas, reacende discussões sobre a necessidade de modernizar a estrutura e garantir prioridade às políticas sociais.
