A Rússia deu início a uma ofensiva militar coordenada em três frentes contra a Ucrânia, elevando a tensão no conflito que já dura mais de dois anos. A ação ocorre em meio a uma nova estratégia de Moscou para desgastar a resistência ucraniana e, segundo especialistas, fortalecer sua posição nas negociações de paz que devem ocorrer ainda este ano.
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O país do inverno lançou o maior bombardeio desde o início do conflito, com o uso de drones Shahed, mísseis de cruzeiro e artilharia pesada. As principais cidades atacadas foram Kiev, Dnipro e Odessa, com alvos tanto militares quanto civis, incluindo infraestruturas críticas.
As tropas russas intensificaram os combates na região de Donetsk, principalmente em áreas estratégicas como Kramatorsk e Pokrovsk, forçando as forças ucranianas a recuar e a reorganizar suas defesas.
Além dos ataques diretos, a Rússia também bombardeou pontes, linhas ferroviárias e depósitos de combustível, numa clara tentativa de minar a capacidade de abastecimento e movimentação das tropas ucranianas.
O presidente, Vladimir Putin, justificou a ofensiva como uma resposta aos supostos ataques ucranianos em território russo, mas analistas avaliam que o objetivo é retomar a iniciativa militar após meses de impasse no front. O movimento ocorre às vésperas da cúpula de paz organizada pela Turquia e pela ONU, que busca encontrar uma solução diplomática para o conflito.
Por outro lado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou a ofensiva como “assassinato em massa” e reforçou o pedido de ajuda militar internacional. Ele cobrou o envio de mais sistemas de defesa antiaérea e o endurecimento das sanções contra Moscou.
O Ministério da Saúde da Ucrânia relatou mais de 50 feridos e 10 mortos nas primeiras horas da ofensiva. Hospitais e escolas foram atingidos, agravando a situação de milhares de civis que já vivem sob risco constante.
Organizações humanitárias temem que a nova escalada de violência aumente o número de refugiados e gere uma crise humanitária ainda maior.