O Partido dos Trabalhadores (PT) tem intensificado sua narrativa contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A direção da sigla avalia que o alinhamento de setores da direita brasileira ao trumpismo representa um risco democrático e, por isso, decidiu reforçar seu discurso crítico em relação ao ex-mandatário norte-americano.
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Nos bastidores, dirigentes petistas apontam que a retórica de Trump inspira movimentos bolsonaristas no Brasil e fortalece pautas de desinformação e ataques às instituições.
Assim, ao mirar Trump, o PT também busca se contrapor à extrema direita nacional, que ainda mantém o ex-presidente Jair Bolsonaro como referência política.
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O tom crítico tem aparecido nos discursos do presidente Lula e de lideranças petistas em eventos internacionais. Recentemente, Lula afirmou que a ascensão de figuras como Trump ameaça o equilíbrio global e enfraquece organismos multilaterais.
A fala é interpretada como parte de uma estratégia para posicionar o PT não apenas no cenário doméstico, mas também como voz ativa na defesa da democracia no plano global.
Internamente, o partido discute a criação de frentes de comunicação voltadas para associar o trumpismo ao bolsonarismo, ressaltando paralelos como o negacionismo climático, os ataques à imprensa e a tentativa de deslegitimar processos eleitorais.
Para os petistas, esse movimento deve ser intensificado na corrida eleitoral de 2026. A expectativa é de que Lula e o PT utilizem o cenário internacional como vitrine para reforçar seu projeto político, vinculando a defesa da democracia à rejeição do trumpismo.
Em paralelo, a estratégia busca construir pontes com aliados progressistas em outros países da América Latina e da Europa, que também enxergam Trump como ameaça à estabilidade democrática.
Com isso, o PT pretende consolidar uma narrativa de resistência à extrema direita global, ao mesmo tempo em que reforça sua identidade histórica de luta contra o autoritarismo e em defesa da soberania popular.