Motta ignora PEC do governo e cria “agenda paralela” na Segurança

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), está ignorando a tramitação da PEC da Segurança Pública proposta pelo Governo Federal e lançou um “pacote de urgência”, com oito projetos de lei voltados a uma agenda mais rígida na área de segurança. Esse pacote, chamado de “agenda paralela”, pretende tomar frente no debate sobre segurança, adiando a decisão sobre a PEC e a anistia aos presos do 8 de janeiro.

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A agenda paralela propõe o aumento de penas e as medidas contra o crime devem se tornar menos flexíveis. A PEC da Segurança está travada na Câmara dos Deputados por ainda não haver um acordo entre todas as partes. Essa proposta quer criar regras novas para o sistema de segurança em todo o país, com maior participação do governo federal. Porém, muitos parlamentares têm dúvidas e resistências em relação a isso, principalmente por deixar as decisões de segurança pública, em uma suposta aceitação da PEC, nas mãos do Governo Federal.

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Entre as propostas da agenda paralela feitas por Motta, estão o aumento da pena para quem cometer crimes contra policiais, a ampliação das possibilidades de prisão em flagrante e a criação do crime de “domínio de cidades”, que tem como alvo grupos de criminosos que tomam o controle de bairros. Do total de oito propostas, duas já foram aprovadas e devem ajudar a fortalecer o trabalho entre órgãos policiais e aumentar as punições para quem atrapalhar investigações contra o crime organizado.

Apesar das aprovações da agenda, a PEC do governo continua parada e sem data para votação. O debate segue dividido entre o governo e os deputados, que ainda não chegaram a um acordo sobre a melhor forma de tocar a segurança pública no país.

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