Lula pressiona Hugo Motta por cassação de Eduardo Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou as articulações políticas para pressionar o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), líder do partido e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a avançar com o processo que pode levar à cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

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O movimento ocorre após declarações do parlamentar contra o ministro Alexandre de Moraes, que classificou como “psicopata” e disse que deveria ser removido do poder. Segundo fontes próximas ao Planalto, Lula enxerga no caso uma oportunidade para reforçar a defesa da democracia e marcar posição contra ataques às instituições.

A pressão, no entanto, esbarra na resistência de parte do Congresso, sobretudo da bancada bolsonarista, que promete reagir caso o processo avance na CCJ. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já abriu investigação preliminar para apurar se Eduardo Bolsonaro cometeu crime de incitação contra autoridades da República.

Paralelamente, partidos de oposição protocolaram pedidos de cassação na Câmara, sob alegação de quebra de decoro parlamentar.

Hugo Motta tem adotado postura cautelosa, afirmando que não se deixará influenciar por pressões externas e que seguirá os ritos regimentais da Casa.

Nos bastidores, no entanto, aliados relatam que a pressão do Planalto é constante, com encontros frequentes entre o presidente e lideranças do Republicanos.

O episódio adiciona mais tensão ao cenário político, em um momento em que o governo tenta manter maioria no Congresso para aprovar pautas econômicas importantes. Para a base aliada, um eventual processo contra Eduardo Bolsonaro poderia servir como demonstração de força institucional, mas também abriria espaço para maior polarização.

Enquanto isso, o deputado mantém discurso desafiador. Em suas redes sociais, Eduardo voltou a atacar Moraes e afirmou que não será intimidado por ameaças políticas”.

O desfecho do caso dependerá da habilidade do governo em costurar apoio e do posicionamento da CCJ nas próximas semanas.

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