O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta terça-feira (2) o julgamento da trama golpista, que acontece na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
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O julgamento teve início mais cedo e envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, adversário político de Lula, e sete ex-auxiliares ou aliados de Bolsonaro.
Ao se pronunciar sobre o caso, Lula ressaltou que defende que todos tenham direito à defesa, lembrando sua própria experiência como réu na Lava Jato. Segundo ele, naquela ocasião, não pôde se defender como determina a lei.
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“Eu não tenho expectativa. A minha expectativa é que o tribunal julgue quem está julgando em função dos autos do processo, ninguém está julgando ninguém pessoalmente. Tem processo, tem autos, tem delação, tem provas e que a pessoa que está sendo acusada tem direito à presunção de inocência. Ele pode se defender como eu não pude me defender. Eu não reclamei, não fiquei chorando”, afirmou o presidente.
Lula destacou ainda a importância de que a presunção de inocência seja garantida a todos, inclusive a adversários políticos:
“Se é inocente, prove que é inocente. Prove que é inocente, que não tem nada a ver com isso e está de bom tamanho. O que espero é isso. Que seja feita justiça, respeitando o direito da presunção de inocência, só isso. Desejo para mim e para qualquer inimigo meu o direito de presunção de inocência, para que fiquem sabendo da verdade”, acrescentou.

O presidente falou durante visita a São Paulo, onde participou do velório do jornalista Mino Carta, que faleceu aos 91 anos.