O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) removeu um vídeo de suas redes sociais que mostrava o ex-presidente Jair Bolsonaro participando por telefone de um protesto contra o STF no domingo (3). A ação ocorreu horas depois que o ministro Alexandre de Moraes usou a gravação como prova para decretar a prisão domiciliar do ex-presidente.
No vídeo, filmado durante manifestação em Copacabana, Flávio segurava um celular no alto-falante enquanto o pai dizia: “Boa tarde, Copacabana! Estamos juntos pela liberdade!”. A cena foi registrada em meio a protestos em 62 cidades que pediam anistia aos presos de 8 de janeiro e exibiam bandeiras americanas em apoio a Donald Trump.
O apagamento teve consequências imediatas. Moraes afirmou que a participação de Bolsonaro violava regras judiciais que proíbem o ex-presidente de usar redes sociais ou fazer declarações públicas, o ministro classificou a exclusão do vídeo como tentativa de “ocultar a transgressão” e, na segunda-feira (4), decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro que agora cumpre a medida com tornozeleira eletrônica e teve seus celulares apreendidos.
As reações foram intensas:
- O Departamento de Estado americano emitiu nota exigindo “Deixem Bolsonaro falar!”
- A defesa do ex-presidente argumentou que a fala “não configura crime”
- Flávio Bolsonaro acusou Moraes de “abuso de poder para calar a oposição”
A crise se amplifica no rastro de três eventos recentes: as sanções dos EUA contra Moraes, as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e os protestos com cartazes “Trump, salve o Brasil!”. Enquanto barreiras metálicas são erguidas ao redor do STF e do Congresso, Flávio articula no Senado um pedido de impeachment contra o ministro tentando reverter uma decisão que aprofunda a divisão política no país.
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