Cenário de violência: Dissidentes da Farc sequestram pelo menos 34 soldados na Colômbia

O governo da Colômbia denunciou, na última terça-feira (26), a retenção de 34 militares na região de Guaviare, a sudeste do país. Segundo o ministro da defesa colombiano Pedro Sánchez, os últimos confrontos intensos que deixaram 11 guerrilheiros mortos, liderados por Iván Mordisco, resultaram em um sequestro por civis armados, incluindo um comandante dissidente do antigo grupo da Farc. Os cadáveres, segundo o mesmo, estão localizados em um município próximo a El Retorno, para “protocolos forenses e judiciais”.

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Os conflitos envolveram membros do Estado Maior-Central (EMC), grupo de ex-combatentes que negaram um acordo de paz com o governo colombiano em 2016, desarmando a maior parte das Farc. Segundo o almirante Francisco Cubides, comandante das Forças Militares, as tropas retornavam de uma missão na região, quando foram detidas pela “comunidade”.

“Essa é uma ação ilegal e criminosa de pessoas em trajes civis. Trata-se de um sequestro.” – Pedro Sánchez a jornalistas.

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Os guerrilheiros armados, que se financiam pela mineração ilegal, tráfico de drogas e outros crimes, já haviam explodido um caminhão-bomba na última quinta-feira (22), matando seis pessoas e deixando mais de 60 feridos em Cali, um dos episódios mais violentos do ano de 2025. O grupo liderado por Mordisco é apontado como o principal responsável pelo ataque, que também declarou não se render.

Os grupos dissidentes armados aproveitaram-se do vazio de poder no território da Colômbia, provocado pelo desarmamento das Farc. Com a escalada da violência, houve espaço para as guerrilhas pela extorsão, tráfico de drogas e a mineração ilegal.

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