A COP-30 é um encontro global anual da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, esse ano com sede aqui no Brasil em Belém, previsto para acontecer entre o dia 10 e 21 de novembro de 2025. É a primeira vez que o evento será realizado na Amazônia. A convenção conta com 198 países-membros, sendo um dos maiores órgãos multilaterais da ONU.
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A Conferência das Partes (COP) reúne os principais chefes de estado, além de pessoas muito influentes da cúpula, contando com a presença de ministros e diplomatas, representantes da ONU e cientistas.
Com estimativa de até 50 mil participantes, o governo enfrenta dificuldades em hospedar todos no estado do Pará por falta de estrutura. Ações como:
- Navios de Cruzeiro como Hotéis Flutuantes: Mais de 6 mil leitos em navios de cruzeiro. Esses navios ficarão atracados no Porto de Outeiro.
- Plataforma Oficial: Essa ferramenta vai reunir todas as opções de hospedagem – hotéis, pousadas e os imóveis particulares – em um só lugar.
- Utilização de Imóveis Públicos e Militares: Adaptando espaços governamentais e militares.
“Já temos uma boa quantidade e vamos conseguir o número suficiente para permitir a participação das delegações”, afirmou o secretário.
Em uma corrida contra o tempo, as ações tomadas ainda não serão suficientes para a COP-30, contando assim com o setor privado para dar conta de garantir a acomodação de toda a cúpula.
O Secretário Extraordinário para a COP-30, Valter Correia, defende uma meta de diárias a US$ 100. Contudo, o setor privado tem praticado valores que chegam a US$ 2.500 (mais de R$ 13 mil reais), gerando um alerta global sobre a acessibilidade do evento. Essa disparidade de preços não apenas coloca em xeque a capacidade de Belém de sediar um evento de tamanha magnitude.
“Se preferirem continuar nessa postura, vamos ter que usar todo o vigor da lei”, disse Valter Correia em entrevista. O governo acionou a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) para obter dados históricos de preços de hospedagem, incluindo os praticados em grandes eventos como o Círio de Nazaré.
As empresas podem enfrentar multas pesadas e até a interdição de seus estabelecimentos, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor. Em casos mais graves, a especulação pode ser enquadrada como crime contra a economia popular, sujeitando os responsáveis a detenção. A capacidade de Belém e do Brasil de lidar com esse desafio de hospedagem será crucial para o sucesso da conferência e para a imagem do país como anfitrião de um dos eventos climáticos mais importantes do mundo.
