O senador Ciro Nogueira (PP-PI) reacendeu a disputa interna na direita brasileira ao afirmar que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria prejudicado o planejamento político do campo conservador para as eleições de 2026. Em entrevista recente, Nogueira avaliou que “a direita poderia estar com o caminho pavimentado”, não fosse a atuação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Segundo o senador, falta maturidade política e visão estratégica dentro do grupo que se autointitula como herdeiro do bolsonarismo. A crítica expõe fissuras que há meses se desenham entre as alas liberal, evangélica e militar da direita, que ainda não encontraram consenso sobre um nome forte para enfrentar o PT em 2026.
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Para Nogueira, Eduardo teria rompido pontes com aliados tradicionais e dificultado negociações regionais importantes.
Analistas políticos avaliam que o embate reflete uma crise de liderança: o bolsonarismo segue com capital eleitoral expressivo, mas enfrenta dificuldades para se reorganizar após o desgaste da família Bolsonaro e o avanço de figuras como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema.
Ciro Nogueira, por sua vez, tenta se colocar como articulador da “nova direita”, mais pragmática e menos personalista. Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro não respondeu às declarações, mantendo o silêncio que, para alguns aliados, soa mais como afastamento do que como estratégia.
