Bolsonaro e outros seis réus têm 15 dias para apresentar defesa final no STF sobre trama golpista

Começa nesta quarta-feira (30) o prazo para que os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seis outros réus enviem ao Supremo Tribunal Federal (STF) suas alegações finais na ação penal que investiga a chamada “trama golpista”.

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Esta fase, conhecida como alegações finais, representa o último momento para que a defesa e a acusação apresentem por escrito seus argumentos, embasados nas provas colhidas durante o processo. O prazo para as defesas é de 15 dias, encerrando-se em meados de agosto.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já entregou seu documento, no qual solicitou a condenação de todos os oito acusados, incluindo Bolsonaro. O tenente-coronel Mauro Cid, que fez acordo de colaboração premiada, também apresentou suas alegações e pediu absolvição, argumentando que agiu sob ordens superiores, sem intenção de atacar o Estado Democrático de Direito.

O 'núcleo crucial' da trama golpista - Alexandre Ramagem, Mauro Cid, Jair Bolsonaro, Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier - em interrogatório no STF — Foto: Reprodução/Gustavo Moreno, Ton Molina, Antonio Augusto e Fellipe Sampaio/STF
O ‘núcleo crucial’ da trama golpista – Alexandre Ramagem, Mauro Cid, Jair Bolsonaro, Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier – em interrogatório no STF — Foto: Reprodução/Gustavo Moreno, Ton Molina, Antonio Augusto e Fellipe Sampaio/STF

Além do ex-presidente e de Mauro Cid, são réus nesta ação:

  • Alexandre Ramagem
  • Almir Garnier
  • Anderson Torres
  • Augusto Heleno
  • Paulo Sérgio Nogueira
  • Walter Braga Netto (preso)

Devido à prisão de Braga Netto, os prazos processuais correm mesmo durante o recesso do Judiciário, que termina em 31 de julho.

Fases anteriores do processo

A denúncia da PGR contra o “núcleo crucial” da trama golpista foi apresentada em fevereiro deste ano e admitida pela Primeira Turma do STF em março, que autorizou o prosseguimento da ação penal. Entre abril e junho, ocorreram a fase de instrução, com coleta de provas, depoimentos e acareações, além de diligências complementares.

O que vem a seguir

Com o fim do prazo para entrega das alegações finais, o processo estará pronto para julgamento pela Primeira Turma do STF, em data ainda indefinida. Os ministros irão analisar as provas, os argumentos e decidir por maioria se os réus são culpados ou inocentes.

Caso condenados, as penas serão definidas individualmente, e todas as partes ainda poderão recorrer da decisão dentro do próprio Supremo Tribunal Federal.

Autor

  • Nicolas Pedrosa

    Jornalista formado pela UNIP, com experiência em TV, rádio, podcasts e assessoria de imprensa, especialmente na área da saúde. Atuou na Prefeitura de São Vicente durante a pandemia e atualmente gerencia a comunicação da Caixa de Saúde e Pecúlio de São Vicente. Apaixonado por leitura e escrita, desenvolvo livros que abordam temas sociais e histórias de superação, unindo técnica e sensibilidade narrativa.

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