Começou nesta segunda-feira (5 de maio) a seleção do júri que decidirá o destino de Sean “Diddy” Combs, um dos nomes mais poderosos da indústria musical americana. O rapper e magnata, de 54 anos, responde a diversas acusações federais, incluindo tráfico sexual, extorsão, associação criminosa e promoção da prostituição. Caso seja considerado culpado, Diddy pode enfrentar prisão perpétua.
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Segundo a Promotoria Federal, Combs teria chefiado por mais de duas décadas uma rede ilegal, com eventos secretos chamados de “freak-offs” — festas privadas onde mulheres, muitas vezes sob efeito de drogas, eram exploradas sexualmente, filmadas e chantageadas.
Mais de 600 candidatos a jurados preencheram questionários detalhados. A lista de possíveis testemunhas inclui figuras públicas como Cassie Ventura (ex-namorada do rapper, que já confirmou presença), Kanye West e Michael B. Jordan. O juiz responsável, Arun Subramanian, advertiu sobre a complexidade do caso e estima que o julgamento dure cerca de oito semanas.
Em buscas recentes realizadas nas propriedades de Combs, as autoridades apreenderam mais de mil frascos de lubrificantes, drogas ilegais e vídeos de agressões. Um deles mostra o próprio rapper agredindo Cassie, em um hotel em Los Angeles, no ano de 2016.
Desde setembro de 2024, Diddy permanece detido no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn, após ter três pedidos de fiança negados. A justiça americana alegou que ele representa risco à integridade das testemunhas e teria tentado influenciar o júri e manipular o discurso público, mesmo sob custódia.
O caso é considerado um dos mais emblemáticos da década e reacende discussões sobre abuso de poder na indústria do entretenimento, especialmente após os escândalos envolvendo figuras como Harvey Weinstein e R. Kelly.