Australiana que envenenou ex-sogros com cogumelos recebe prisão perpétua

A australiana Erin Patterson, de 50 anos, foi sentenciada nesta segunda-feira (8) a três penas de prisão perpétua, podendo solicitar liberdade condicional apenas aos 82 anos, após cumprir 33 anos de detenção. A condenação encerra um dos casos mais midiáticos da Austrália, que ganhou destaque internacional, rendeu podcasts e documentários, e expôs uma trama de traição, manipulação e encobrimento.

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Em julho de 2023, Patterson preparou um Bife Wellington em sua casa, na pequena cidade de Leongatha, sudeste de Melbourne. O prato continha o “death cap”, um dos cogumelos mais venenosos do mundo, responsável pela morte de seus ex-sogros, Gail e Don Patterson, e da tia do ex-marido, Heather Wilkinson. O tio, Ian Wilkinson, sobreviveu após semanas hospitalizado, mas com sequelas graves.

Durante o julgamento, o juiz Christopher Beale destacou que os crimes foram fruto de “premeditação substancial” e representaram uma “enorme traição de confiança”, lembrando que Patterson privou seus próprios filhos da convivência com os avós. Em tribunal, a ré manteve-se impassível, embora tenha alegado até o fim que o episódio teria sido um “acidente terrível”.

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A sentença prevê que Erin cumpra a maior parte do tempo em confinamento solitário, por questões de segurança, já que dividirá espaço com presas consideradas de alta periculosidade, incluindo uma condenada por terrorismo.

O caso, que envolveu drama familiar, suposto envenenamento intencional e um elaborado encobrimento, continua a repercutir na Austrália e no mundo como um dos julgamentos mais emblemáticos da última década.

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