Alckmin negocia com EUA, Lula busca diálogo global, enquanto Eduardo Bolsonaro conspira contra o Brasil

Enquanto Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, diz estar em contato “reservado” com os EUA sobre tarifas e fazendo reuniões com setores da economia para resolver diplomaticamente este entrave, como a realizada nesta segunda-feira (21) com representantes das Big Techs, Eduardo Bolsonaro, prestes a perder seu mandato de deputado federal por abandono de cargo, continua a conspirar contra o Brasil lá do exterior.

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Enquanto isto, o presidente Lula procura expandir laços diplomáticos com os países ao redor do mundo, e nesta semana esteve no Chile, ao lado dos presidentes Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Yamandú Orsi (Uruguai), além do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, em uma reunião de líderes progressistas para fortalecer os laços democráticos entre os países.

Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin Foto : Cadu Gomes/VPR

Durante o encontro, Lula enfatizou aos jornalistas que não está em guerra tarifária contra os Estados Unidos, e que ela só começará quando o Brasil der uma resposta a Trump, isto se o presidente norte-americano não mudar de ideia até a entrada em vigor desta taxação, que ocorre a partir de 1° de agosto:

Nós não estamos em uma guerra tarifária. Guerra tarifária vai começar quando eu der uma resposta ao Trump, se ele não mudar de opinião. As condições que o Trump impôs não foram condições adequadas. Ninguém pode ameaçar com decisão judicial. Quem sou eu para tomar decisão diante da Suprema Corte?”.

O presidente do Brasil durante sua estadia no Chile disse estar “tranquilo”, e defendeu a soberania nacional dos países, previsto em nossa Constituição Federal de 1988:

Dois chefes de Estado precisam conversar e precisam levar em conta os interesses dos seus países. Eu não acho ruim que o Trump esteja defendendo os interesses dos Estados Unidos, mas ele tem que levar em conta que eu estou defendendo os interesses do Brasil

A nossa relação é muito forte, muito diplomática. Ninguém pode dizer que o Lula é radical”, disse Lula, defendendo a boa relação comercial que sempre houve entre Brasil e Estados Unidos.

Lula também conclamou a união entre os partidos e os empresários brasileiros, chamando o episódio como “um problema do Brasil”, e não da esquerda.

A democracia corre risco com o extremismo, como correu na fundação do partido Nazista e a ascensão do Hitler… Neste momento em que o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos

Com uma série de interesses paralelos, como a defesa de Bolsonaro contra uma provável prisão, o presidente dos Estados Unidos vem interferindo em nossa soberania nacional e impondo diversas sanções contra o Brasil , as quais já prejudicam nossa economia. Além de aumentar as tarifas de importação dos produtos brasileiros para 50% a partir de 01 de agosto, suspender vistos de ministros do STF, ainda quer acabar com o nosso PIX. Um sinal extremo desrespeito à soberania nacional brasileira, descrita em nossa Constituição Federal de 1988.

A taxação de 50% sobre os produtos brasileiros passa a vigorar a partir de 1° de agosto, e até lá, muita coisa ainda pode acontecer. Aguardemos o desenrolar!

Autor

  • Ricardo Lacava

    Veterinário graduado pela UNESP, mestrado pela UFSC e Doutorado pela UNESP/Harper Adams University (Sanduíche/Reino Unido). Graduação em letras pela UFSCAR em andamento. Servidor público federal do Ministério da Agricultura desde 2008. Menção honrosa no Prêmio Literário Cidade de Manaus 2024. Autor do romance “Infecundo Solo”, segundo lugar no Prêmio José de Alencar, Concurso Internacional de Literatura União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, 2017. Vencedor do Prêmio Literário Uirapuru 2019 com o livro “Astúncio, o estúpido esclarecido” e do XIV Prêmio Literário Livraria Asabeça 2015 com a obra “O Canto do Urutau”.

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