IBGE lança mapa-múndi invertido com o Brasil no centro para reforçar protagonismo internacional

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em maio, uma nova versão do mapa-múndi, com um posicionamento inusitado: o Brasil aparece no centro e o hemisfério Sul está na parte superior. A proposta é simbólica, mas carrega um objetivo claro: valorizar o protagonismo do país nos debates e fóruns internacionais.

De acordo com o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, a escolha da nova orientação cartográfica visa questionar padrões tradicionais impostos historicamente e oferecer uma nova leitura geopolítica, que coloque o Sul Global como agente ativo nas transformações mundiais. “A cartografia é também uma ferramenta de poder. Quando mudamos o ponto de vista do mapa, mudamos também a forma como os países se veem e são vistos”, afirmou Pochmann na apresentação do material.

A nova versão do mapa destaca não apenas o Brasil, mas também nações que integram blocos como o BRICS e o Mercosul, além dos países de língua portuguesa. O mapa ainda enfatiza áreas de grande importância ambiental e geopolítica, como o bioma amazônico, reforçando temas que estarão em pauta durante a COP30, marcada para ocorrer em Belém, em 2025.

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Além disso, cidades brasileiras como Fortaleza, Rio de Janeiro e Belém foram colocadas em evidência no material gráfico, por sediar eventos internacionais relevantes nos próximos anos. A proposta do novo mapa, portanto, vai além do visual: é também um gesto político que busca reposicionar o Brasil no centro das decisões globais.

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