Neste domingo (4), a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou por meio de suas redes sociais, que o debate sobre a jornada de trabalho, incluindo o fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho para um de descanso), será uma das prioridades do governo federal no Congresso Nacional. A manifestação ocorre poucos dias depois do 1º de Maio, que tem a redução da jornada como lema central.
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“O debate sobre o fim da escala 6 X 1, que limita a vida além do trabalho, será encaminhado junto às comissões pertinentes, para envolvermos a sociedade e todos os setores abrangidos pelo tema. Queremos ouvir a todos(as)! Com diálogo e decisão política, é possível avançar sim. Mais empregos, desenvolvimento e mais justiça para os trabalhadores(as) é o que precisamos promover”, escreveu Gleisi em publicação na rede social X (antigo Twitter).

Em pronunciamento oficial pelo Dia do Trabalhador, na última quarta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o governo irá aprofundar o debate sobre o fim da escala 6×1.
“Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, declarou Lula.
A PEC 8 de 2025, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL), foi protocolada no final de fevereiro e está parada na Câmara dos Deputados. O texto propõe a redução a jornada de trabalho para 4 dias por semana, com 3 de descanso (modelo 4 X 3), o que diminuiria a jornada semanal, de 44 para 36 horas, mantendo o limite de 8h diárias.
A proposta ainda precisa passar por etapas legislativas: será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), depois por uma comissão especial e, por fim, no Plenário da Câmara. Se aprovado, seguirá para Senado Federal.
Alas do Congresso acreditam que a PEC não será aprovada caso mantenha o formato 4×3. Nos bastidores, deputados do PSOL e do PT já afirmaram que o projeto sofrerá alterações para enfrentar menos resistência política.
O argumentado levantado entre os grupos contrários à proposta, é de que a mudança pode atingir negativamente os empregadores. Parlamentares da centro-direita defendem que alterações na carga horária sejam decididas diretamente entre os patrões e o funcionários.