A Polônia confirmou oficialmente o início da operação militar “Sentinela Oriental”, iniciativa lançada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para reforçar a defesa do flanco leste da aliança. A medida foi anunciada após a recente incursão de drones russos no espaço aéreo polonês, episódio que acendeu o alerta entre os países aliados.
LEIA TAMBÉM: Envelhecer é um privilégio
O ministro da Defesa da Polônia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, classificou como “impressionante” a prontidão das tropas que atuaram na resposta inicial. Segundo ele, a operação já demonstra alto nível de integração entre as forças nacionais e as demais potências da OTAN, com destaque para a cooperação aérea e de inteligência.
A nova iniciativa mobiliza tropas, caças e equipamentos de países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha. O objetivo é criar uma estrutura ágil e flexível, capaz de responder a ameaças híbridas que vão desde ataques convencionais até o uso de drones e campanhas de desinformação.
Confira “Filhos do Silêncio” de Andrea dos Santos
De acordo com o comando aliado, a Sentinela Oriental tem caráter defensivo e busca dissuadir novas provocações. A operação não é vista como um movimento ofensivo contra a Rússia, mas sim como um reforço da segurança coletiva diante de crescentes instabilidades na região.
Autoridades polonesas destacam que a iniciativa também serve como demonstração de solidariedade entre os membros da OTAN. Em um cenário marcado por incertezas, a capacidade de resposta conjunta passa a ser um elemento-chave para conter riscos e evitar que ataques isolados se tornem precedentes perigosos. Com a operação em andamento, a Polônia já recebe novos contingentes e reforços aéreos em suas bases.
A expectativa é de que, nos próximos meses, a Sentinela Oriental se consolide como um dos maiores testes de coordenação militar da OTAN desde o início da guerra na Ucrânia, marcando um ponto decisivo na estratégia de defesa europeia.