Uma em cada quatro pessoas no mundo vive sem acesso à água potável, alerta ONU

A Organização das Nações Unidas, OMS e Unicef lamentam que cerca de 2,1 bilhões de pessoas não tem acesso à água potável no mundo, incluindo 106 milhões que bebem diretamente de fontes não tratadas. O relatório divulgado nesta terça-feira (26) alerta para os poucos avanços para uma cobertura universal de água tratada, colocando pessoas em situação de risco e de exclusão social.

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Segundo relatório da Folha de S. Paulo em 2024, apenas 89 países forneciam serviços básicos de água potável, incluindo 31 que alcançaram o acesso universal. Ainda, 28 países nos quais 1 em cada 4 pessoas não possui acesso a esses serviços se concentram na África, revelando ainda mais a desigualdade ao redor do mundo.

“Água, saneamento e higiene não são privilégios. São direitos humanos fundamentais. Devemos acelerar nossas ações, em particular para as comunidades mais marginalizadas.” – declarou Rüdiger Krech, diretor de Meio Ambiente e Mudança Climática na OMS.

Os autores do relatório separaram o serviço de fornecimento de água potável em cinco diferentes níveis:

  • Gestão segura: Oferece água potável no local, livre de contaminação química ou fecal;
  • Básico: Acesso a uma fonte melhorada em, no máximo, 30 minutos;
  • Limitado: Potável, mas com tempo de espera mais longo;
  • Não melhorado: Fornece água de um poço ou fonte sem proteção;
  • Água superficial: Sem qualquer tipo de proteção e risco de contaminação.

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Por fim, o documento ainda revela que 1,7 bilhões de pessoas não possui acesso a serviços básicos de higiene e 354 milhões de pessoas necessitam defecar a céu aberto, além de um recorte específico às crianças e à desigualdade de gênero.

“As desigualdades são particularmente intensas no caso das meninas, que frequentemente carregam a tarefa de coletar água e enfrentem dificuldades adicionais durante a menstruação” ressalta Cecilia Scharp, diretora de Água, Saneamento e Higiene da Unicef. “Quando as crianças não tem acesso à água potável, saneamento a sua higiene, saúde, educação e futuro estão em risco. No ritmo atual, a promessa de acesso à água potável e saneamento para cada uma está cada vez mais longe” concluiu.

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