O grupo palestino Hamas confirmou nesta quarta-feira (08) que a primeira fase de um acordo com Israel para encerrar a guerra em Gaza foi alcançada. O anúncio ocorreu dois anos e um dia após o início da guerra atual entre Israel e o grupo Hamas, que foi iniciada no dia 07 de outubro de 2023.
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Início do fim?
Após intensas negociações na cidade Sharm el-Sheikh, no Egito, tanto Israel quanto o Hamas concordaram com a primeira fase de um plano de paz proposto por Donald Trump.
O presidente norte-americano anunciou, através de um vídeo na Truth Social, os resultados do acordo.
“Nós conseguimos um grande resultado no Oriente Médio […]. Nós asseguramos a liberação de todos os reféns remanescentes e eles devem ser liberados na [próxima] segunda ou terça-feira”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o momento como “um grande dia para Israel” e disse que seu governo se reunirá nesta quinta-feira (09/10) para aprovar o acordo.
O Hamas, após a primeira fase do plano de Trump ser aprovada, declarou:
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“[O pacto] encerra a guerra em Gaza, garante a retirada completa das forças de ocupação, permite a entrada de ajuda humanitária e estabelece uma troca de prisioneiros”.
Futuro em Gaza
O que foi anunciado até agora é apenas a fase inicial do plano de paz de 20 pontos de Trump, aceito por Israel e parcialmente aprovado pelo Hamas. Os comunicados, no entanto, não trataram de temas delicados sobre os quais as partes ainda não chegaram a um consenso.
Um dos principais impasses é o desarmamento do Hamas, o ponto central do plano de Trump. O grupo já afirmou que só entregará suas armas quando for criado um Estado palestino.
Além disso, de acordo com o plano de 20 pontos, Hamas não terá papel algum na administração do território e propõe que a área seja governada temporariamente por um “comitê palestino tecnocrático e apolítico”. Contudo, o Hamas afirmou que ainda espera ter algum papel no governo em Gaza.
O grupo também exigiu garantias de que Israel não retomará os combates após a libertação dos reféns, já que o Hamas pode perder influência nas negociações com Israel ao libertar os reféns. Além disso, o histórico não ajuda: em março, Israel violou um cessar-fogo e voltou à guerra com ataques devastadores.
Agora, o primeira etapa aguarda a votação do acordo por parte de Israel.









