A presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, reagiu com firmeza às críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a presença da primeira-dama Janja da Silva na visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China. Em recente entrevista, Bolsonaro afirmou sentir “vergonha” pelo comportamento de Lula e Janja no país asiático, após a primeira-dama mencionar o TikTok durante um jantar diplomático com o presidente chinês, Xi Jinping.
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Em resposta, Gleisi declarou:
“Vergonha é defender intervenção dos EUA no Brasil. Vergonha é o desmonte ambiental, a postura negacionista durante a pandemia e o isolamento diplomático que seu governo impôs ao país.”
A ministra das Relações Institucionais também rebateu alegações falsas disseminadas por apoiadores do ex-presidente, como a insinuação de que Janja teria tentado entrar em Moscou com malas de dinheiro. “Trata-se de desinformação misógina e machista, que busca minar o protagonismo de uma mulher atuante e preparada”, completou.
Além de criticar a postura de Bolsonaro, Gleisi defendeu a participação ativa de Janja em eventos internacionais, enfatizando que a fala sobre o TikTok está ligada à preocupação com regulação das redes sociais, um dos temas centrais da política pública atual. “Janja tem voz própria e tem contribuído com pautas importantes para o Brasil e para o governo”, disse.
O episódio reacendeu o debate sobre o papel das primeiras-damas na política e a resistência que mulheres enfrentam ao ocupar espaços de destaque. Para aliados do Planalto, a reação de Bolsonaro demonstra intolerância com o avanço feminino na política e diplomacia.
Por sua vez, o Planalto descarta qualquer crise diplomática com a China e afirma que as relações bilaterais seguem em plena normalidade. A viagem de Lula ao país asiático teve como foco o fortalecimento de parcerias comerciais e tecnológicas, além do debate sobre a governança digital.
