Londres, década de 1980. Em uma época em que a monarquia britânica vivia sob os holofotes da rigidez e da tradição, uma princesa ousava cruzar os limites do protocolo em nome da liberdade e da diversão. Diana Spencer, a então Princesa de Gales, protagonizou uma das histórias mais inusitadas e lendárias da cultura pop britânica: certa noite, disfarçada de homem gay, ela entrou despercebida em um bar LGBTQIA+ ao lado de ninguém menos que Freddie Mercury, vocalista do Queen.
A história foi revelada ao público por Cleo Rocos, atriz e amiga próxima de Diana, no livro The Power of Positive Drinking. Segundo o relato, a noite aconteceu no final dos anos 1980. Lady Di, curiosa e entusiasmada, estava em companhia de Rocos, Freddie Mercury e o comediante Kenny Everett. Eles assistiam episódios da série The Golden Girls quando surgiu a ideia de ir ao Royal Vauxhall Tavern, um famoso bar gay do sul de Londres.
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Preocupados com a exposição que a presença da princesa causaria, o grupo inicialmente hesitou. Mas Diana, determinada a viver a experiência como “uma pessoa comum”, teve uma ideia: usar uma jaqueta militar, óculos escuros e um boné para se disfarçar. O resultado? Passou despercebida. “Ela parecia um belo jovem gay”, escreveu Rocos.
Segundo o relato, Diana aproveitou alguns minutos de liberdade anônima, pediu drinks no balcão e curtiu a noite sem ser reconhecida algo raríssimo para alguém de sua posição. Enquanto Mercury e Everett dançavam, a princesa se deliciava com a sensação de anonimato em um ambiente onde, curiosamente, a autenticidade era o que mais importava.
A veracidade do episódio foi alvo de especulação, mas nunca desmentida oficialmente pela família real. Para muitos, é apenas mais uma evidência da faceta humana, rebelde e empática de Diana. Para outros, um lembrete de sua afinidade com as causas sociais e com as minorias algo que ela demonstraria mais tarde ao se engajar publicamente na luta contra a AIDS e na defesa dos direitos das pessoas marginalizadas.
A noite em que a “princesa do povo” entrou como um homem gay em um bar londrino não é apenas uma anedota curiosa. É símbolo de uma mulher que, mesmo cercada por coroas e protocolos, buscava ser livre nem que fosse por uma noite.
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