A banda mineira Lagum tem viralizado constantemente nas redes sociais. Faixas como “A Cidade” e “Ninguém Me Ensinou” viraram trends no TikTok e conquistaram a Geração Z, mas o grupo garante que nunca compôs pensando nisso.
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Em conversa com o R7 nos bastidores do show realizado no início de outubro no Espaço Unimed, em São Paulo, o quarteto formado por Pedro Calais, Otávio Cardoso (Zani), Glauco Borges (Jorge) e Francisco Jardim (Chico) deixou claro que o processo criativo deles não passa nem perto de pensar em algoritmos ou tendências virais.
“A música tem que bater na gente primeiro. Se ela bater nos outros, a missão foi cumprida. Não é tão ‘arte pela arte’ assim, mas, primeiro, tem que bater na gente“, explica Pedro Calais, vocalista do Lagum. Ele complementa dizendo que o destino das canções, seja explodir nas rádios ou virar trend no TikTok, simplesmente foge do controle da banda. “A gente não compõe pensando nisso“, reforça.
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Essa postura vai na direção oposta do que virou regra na indústria musical atual, onde muitos artistas produzem pensando em ganchos de 15 segundos que funcionem bem nas redes sociais. O Lagum prefere manter a autenticidade, mesmo que isso signifique abrir mão de fórmulas prontas para o sucesso digital.
Com 11 anos de estrada, o grupo já emplacou cinco álbuns de estúdio, o mais recente saiu em maio deste ano, e coleciona três indicações ao Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa. A turnê do novo disco começou em agosto, também em São Paulo.
Apesar de todo o reconhecimento conquistado, o Lagum não se acomoda. Jorge destaca que o Brasil é enorme e ainda existem muitos palcos e festivais para a banda conhecer.
“É sempre importante olhar para trás, ver o que foi conquistado e traçar novos planos“, reflete o músico.
E os planos incluem expandir horizontes internacionais. Em abril de 2026, o grupo desembarca na Europa para shows em Berlim, Amsterdã, Paris, Londres, Dublin, Barcelona, Porto e Lisboa.
