Juiz que foi responsável pelo julgamento criminal do ex-produtor de cinema, Harvey Weinstein, anulou uma das acusações de estupro por divergências entre os membros do júri, nesta quinta-feira (12).
Na última quarta-feira (11), Weinstein foi condenado por agressão sexual contra Miriam Haley, Kaja Sokola, ambas supostamente ocorridas em 2006. A agressão contra Sokola foi absolvida, mas a de Haley foi mantida. Já a acusação de Jessica Mann foi anulada.
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De acordo com a Agência Reuters, a anulação veio após um dos jurados se recusar a continuar as deliberações. Ainda, outro jurado havia feito uma ameaça de agressão, segundo a revista americana Variety.
Os 12 integrantes do júri, sendo eles 7 mulheres e 5 homens, não conseguiram entrar em consenso sobre a acusação de estupro contra Mann em 2013. Devido a isto, será realizado outro julgamento, o qual o dia ainda será definido.
O porquê do novo julgamento
As condenações anteriores de Weinstein, ocorridas em Nova York, em 2020, foram anuladas em abril de 2024 pela mais alta corte do estado.
Em 2020, ele havia sido considerado culpado pelo abuso sexual de Miriam Haley e Jessica Mann, e estava cumprindo uma sentença de 23 anos em Nova York. Tarale Wulff e Dawn Dunning, haviam testemunhado no primeiro julgamento, e estiveram presentes no novo julgamento.
Em novo julgamento, Haley e Mann testemunharam contra Weinstein, já ele, considerou-se inocente. Uma nova testemunha, que não testemunhou em 2020, apareceu no final de abril.
Sokola acusou Weinstein de abusa-la duas vezes. A primeira ocorreu em 2002, quando ela tinha apenas 16 anos, a outra foi em um hotel em Manhattan em 2006.
Os promotores e a assistente de promotoria Shannon Lucey, disseram que Weinstein usou de seu poder na indústria cinematográfica por 30 anos para agredir sexualmente as três mulheres. “Quanto mais elas resistiam, mais ele se tornava enérgico”, declarou Lucey. Mais de 80 mulheres o acusaram de abusá-las sexualmente.
