Sean “Diddy” Combs voltou a pedir à Justiça norte-americana que o libere da prisão enquanto aguarda sua sentença, marcada para o dia 3 de outubro. Condenado por dois crimes ligados à chamada Lei Mann — uma legislação dos EUA que proíbe o transporte de pessoas entre estados para fins de exploração sexual, mesmo com consentimento aparente — o rapper de 55 anos tenta reverter a ordem de detenção antecipada.
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Segundo informações da revista People, os advogados do artista apresentaram uma nova petição em que propõem uma fiança de 50 milhões de dólares (cerca de R$ 270 milhões), além da entrega do passaporte e a limitação de deslocamento apenas entre o sul da Flórida e Nova York, onde estariam seus representantes legais. A mansão do cantor em Miami também seria usada como garantia.
No novo documento, a defesa alega que Diddy foi “provocado” a agredir uma ex-namorada identificada apenas como “Jane”, em um episódio ocorrido em junho. Os advogados admitem que houve agressão por parte do artista, mas afirmam que ela teria iniciado o confronto físico.
Essa é a quinta tentativa da equipe jurídica de obter liberdade provisória desde que Diddy foi preso, em setembro do ano passado. O juiz federal Arun Subramanian já havia negado um pedido anterior no início de julho, afirmando que o histórico de violência doméstica do cantor representava risco à segurança pública.
Na petição mais recente, os advogados alegam que há “circunstâncias excepcionais” que justificariam a liberação, mesmo diante da regra da Lei Mann, que prevê a prisão obrigatória antes da sentença em casos de condenação. Eles argumentam que nunca houve um caso semelhante ao de Diddy sendo enquadrado nessa legislação, e defendem que os relacionamentos do artista com as ex-parceiras, Casandra “Cassie” Ventura e Jane, seriam consensuais, dentro de um estilo de vida que incluía práticas como o swing.
A promotoria, por sua vez, já se manifestou contra a libertação do músico em outras ocasiões e defende que ele permaneça detido até o julgamento final. Mesmo tendo sido absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e associação criminosa, Diddy ainda pode pegar entre 51 e 63 meses de prisão pelas violações da Lei Mann.
A decisão sobre esse novo pedido de fiança deve sair nos próximos dias. Enquanto isso, o artista segue detido no Metropolitan Detention Center, em Nova York.