A justiça da Paraíba autorizou, na tarde desta quarta-feira (13), um mandado de busca e apreensão contra o influenciador Hytalo Santos, que está sendo investigado por exposição de menores nas redes sociais. De acordo com a publicação, todos os aparelhos eletrônicos utilizados pelo influencer para a gravação, edição e divulgação de conteúdos digitais devem ser apreendidos, sendo eles: celulares, computadores, câmeras, HDs, pen drives, entre outros.
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A decisão é assinada pelo juiz titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de João Pessoa, Adhailton Lacet Correia Porto, e atende o pedido protocolado pelo MBBP (Ministério Público da Paraíba).
Ao executarem o mandado, os oficiais de justiça e policiais encontraram portas trancadas, uma máquina de lavar ligada e a casa, localizada em um condomínio de luxo em João Pessoa, vazia. O paraibano saiu do local antes da ação.
De acordo com o juiz, as equipes que cumpriram o mandado foram informadas pelo condomínio do influenciador que “ele saiu com bastante equipamentos” dentro de um veículo antes da chegada dos policiais.
Adhailton também informou que caso seja entendido que a saída de Hytalo Santos do condomínio configura um “obstáculo” aos trabalhos das autoridades, um mandado de prisão pode ser expedido.
“Estou aguardando o pronunciamento do Ministério Público e se isso for realmente entendido como obstáculo ao trabalho da Justiça, pode até resultar em uma prisão preventiva”, disse.
Apesar de suas contas no Instagram já estarem desativadas, Hytalo teve a suspensão imediata de todas as contas e perfis em outras redes sociais na última terça-feira(12). Ele também está proibido de ter contato com os menores citados no processo e seus respectivos representantes legais.
Além disso, foi determinado pelas autoridades legais que todas as plataformas digitais envolvidas removam preventivamente os conteúdos publicados pelo influenciador que mostram crianças e adolescentes. Na decisão, o juiz determinou a realização de um estudo psicossocial com os menores envolvidos a fim de verificar “a necessidade de aplicação de outras medidas protetivas” e a “realização da escuta especializada dos adolescentes”.
“A situação apresentada demonstra a exploração de suas imagens para fins de monetização, exposição a conteúdos inadequados e a um ambiente de vulnerabilidade, bem como a possível prática de ilícitos penais, como a incitação à pornografia infantil e o fornecimento de bebida alcoólica”, afirma o juiz.