O tetracampeão mundial Sebastian Vettel participou nesta terça-feira (12) do Rio Innovation Week, no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, onde falou sobre sustentabilidade, legado no automobilismo e as novidades da Fórmula 1. Entre os temas, destacou o desempenho do novato brasileiro Gabriel Bortoleto, atualmente na Sauber.
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“Já o vi algumas vezes. É muito jovem, tem bastante tempo. Pouco a pouco está progredindo. O carro dele este ano não é muito forte, mas isso ajuda a aprender mecanismos importantes da Fórmula 1. Seria ótimo vê-lo como piloto de ponta nos próximos anos. Ele é muito promissor. Esperamos tê-lo por muitos anos no futuro”, disse Vettel, avaliando o potencial do brasileiro.
O ex-piloto de BMW/Sauber, Toro Rosso, Red Bull, Ferrari e Aston Martin também comentou sobre os rumores de retorno dos motores V10. A discussão ganhou força após declaração de Mohammed ben Sulayem, presidente da FIA, mas perdeu fôlego após reunião entre dirigentes e equipes em abril. Vettel admitiu a nostalgia do som dos antigos motores, mas ponderou que o esporte vive uma nova realidade.
“É difícil comentar. Temos novas regras chegando, então é preciso esperar para ver os impactos antes de decidir o próximo passo. Os V10 tinham uma emoção que talvez os motores atuais não tenham, mas os tempos mudaram. Precisamos analisar o quadro completo”, afirmou.
Atualmente, Vettel se dedica a projetos socioambientais. Em 2024, esteve no Brasil para ações em São Paulo com catadores de lixo em homenagem a Ayrton Senna, e também visitou a Amazônia e uma aldeia indígena no Xingu, onde se encontrou com o Cacique Raoni.

O alemão não descarta voltar à Fórmula 1 em um cargo voltado à sustentabilidade e revelou conversas informais com Stefano Domenicali, CEO da categoria. “Talvez no futuro possa haver algo. Ano passado fiz um projeto em homenagem ao Ayrton e seu legado, lembrando que há mais na pilotagem do que apenas dirigir”, declarou.
Durante a palestra, que reuniu fãs do automobilismo, Vettel também destacou sua empolgação com a introdução de combustíveis 100% sustentáveis a partir de 2026, mas alertou que ainda há muito trabalho a ser feito.
“É um passo muito importante, mas não para por aí. A pegada de carbono dos carros é pequena comparada à logística. Há muito mais a ser feito e estou animado para ver essas mudanças”, concluiu.