Verstappen dá show no Azerbaijão, McLaren vacila e Mundial da F1 fica em aberto

Max Verstappen brilhou no GP do Azerbaijão, realizado neste domingo (21) em Baku, e recolocou tempero na disputa do Mundial de Fórmula 1 de 2025. Enquanto a McLaren teve seu pior fim de semana da temporada, com abandono de Oscar Piastri e apenas um 7º lugar de Lando Norris, o holandês da RBR aproveitou para vencer com autoridade e diminuir a diferença para os líderes.

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O triunfo foi interpretado como um recado direto da RBR à McLaren. Com o abandono precoce de Piastri e a performance apagada de Norris, a vantagem de pontos foi reduzida para 69, restando sete etapas até o fim da temporada. Isso significa que Verstappen precisaria descontar cerca de dez pontos por corrida – tarefa difícil, mas não impossível.

O próprio tetracampeão, cauteloso, evitou projetar o título e declarou que prefere pensar “corrida a corrida”. No entanto, os upgrades introduzidos pela RBR em Monza e o clima mais favorável dentro da equipe após a saída de Christian Horner reforçam a confiança de que o time ainda pode surpreender.

O chefe da McLaren, Andrea Stella, foi direto ao reconhecer o risco:

“Escrevam em letras maiúsculas que Max tem chance de título”, afirmou aos jornalistas.

A corrida em Baku começou com emoção logo na primeira volta. Piastri errou na largada, tentou recuperar posições e acabou batendo na barreira de pneus, sendo forçado a abandonar. O deslize raro custou caro na luta pelo título.

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Norris, por sua vez, não conseguiu capitalizar a ausência do companheiro. O inglês terminou apenas em 7º lugar, somando pontos importantes, mas insuficientes diante da necessidade de abrir vantagem. A diferença entre ele e Piastri agora é de 25 pontos, mas ambos veem Verstappen se aproximar com ritmo cada vez mais ameaçador.

A Ferrari também decepcionou: Charles Leclerc e Lewis Hamilton se atrapalharam na última volta na disputa pela oitava posição, comprometendo ainda mais o desempenho da equipe no fim de semana.

Além de Verstappen, George Russell e Carlos Sainz foram destaques positivos. O britânico mostrou competitividade com a Mercedes e terminou em 2º, embora tenha admitido que o resultado veio mais pelos erros de McLaren e Ferrari do que por evolução significativa do carro.

Sainz conquistou um histórico 3º lugar pela Williams, encerrando um jejum de quatro anos sem pódio para a equipe. O espanhol celebrou o resultado como “o melhor da carreira”, um marco importante após as dificuldades de adaptação ao deixar a Ferrari para abrir espaço a Lewis Hamilton.

Para o Brasil, não houve pontos, mas Gabriel Bortoleto impressionou com um 11º lugar. O novato da Sauber ficou à frente de rivais diretos como Aston Martin, Haas e até da Williams de Alex Albon. Mais significativo ainda foi ter superado seu experiente companheiro Nico Hülkenberg durante toda a corrida.

Gabriel Bortoleto no GP do Azerbaijão de F1 - Foto: Reprodução/Aston Martin
Gabriel Bortoleto no GP do Azerbaijão de F1 – Foto: Reprodução/Aston Martin

Bortoleto avalia que pode lutar pelo top-10 já em Singapura, próxima etapa do calendário, mesmo sem nunca ter competido no circuito. O desempenho em Baku consolidou sua imagem positiva dentro da equipe e no paddock da F1.

O GP do Azerbaijão reforçou um cenário de maior equilíbrio no campeonato. Se Norris e Piastri seguirem desperdiçando oportunidades, Verstappen tem chances reais de recolocar seu nome na disputa pelo título mundial.

Restam sete corridas, sendo Singapura a próxima, em um circuito onde a McLaren foi dominante em 2024. Ainda assim, a vitória de Baku provou que não se pode duvidar da capacidade de Verstappen, como bem lembrou Andrea Stella.

Autor

  • Nicolas Pedrosa

    Jornalista formado pela UNIP, com experiência em TV, rádio, podcasts e assessoria de imprensa, especialmente na área da saúde. Atuou na Prefeitura de São Vicente durante a pandemia e atualmente gerencia a comunicação da Caixa de Saúde e Pecúlio de São Vicente. Apaixonado por leitura e escrita, desenvolvo livros que abordam temas sociais e histórias de superação, unindo técnica e sensibilidade narrativa.

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