O GP da Itália deste domingo (07), realizado no histórico Autódromo de Monza, teve mais uma exibição de magia de Max Verstappen. O holandês da Red Bull conquistou a vitória com uma performance impecável, mostrando novamente por que está entre os favoritos da temporada.
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A pole position obtida no sábado já indicava que Verstappen estava em ritmo de destaque, ainda que, considerando seu domínio nas pistas, não se possa chamar a conquista de surpresa.
O cenário pré-corrida apontava a McLaren como favorita, com uma Ferrari mais competitiva do que em etapas anteriores. No entanto, Verstappen desafiou as expectativas, assumindo a ponta e controlando a prova. Ao longo das 53 voltas, o tetracampeão da Red Bull foi quem ditou o ritmo, forçando a McLaren a adotar uma estratégia arriscada: prolongar a primeira parada na esperança de um safety car no final.

A agressividade de Verstappen desde o início foi crucial para impedir que Lando Norris abrisse vantagem e permitiu que ele retomasse a liderança após um duelo intenso com o britânico, com ambos chegando ao limite em um quase toque.
A vitória marcou o terceiro triunfo do holandês na temporada, mas com um diferencial: foi a primeira em corrida principal sob o comando do novo chefe de equipe, Laurent Mekies. A dupla já havia vencido a Sprint do GP da Bélgica, consolidando a Red Bull em uma nova fase de força.
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Enquanto isso, a McLaren protagonizou um episódio polêmico envolvendo seus pilotos internos. Norris perdeu tempo no pit stop e acabou atrás de Oscar Piastri. O time solicitou que Piastri devolvesse a posição para Norris, uma decisão estratégica que acendeu debates sobre a gestão interna da equipe. O australiano aceitou, evitando atritos internos e mantendo sua vantagem no campeonato — atualmente de 31 pontos sobre Norris a apenas oito corridas do fim da temporada.
O comportamento de Piastri foi considerado inteligente, mas especialistas apontam que a McLaren pode ter exagerado no gerenciamento interno, com a equipe tentando compensar um erro de pit stop que prejudicou Norris.

Além dos destaques da Red Bull e da McLaren, o GP da Itália mostrou que a Ferrari ainda enfrenta desafios. Charles Leclerc e Lewis Hamilton não conseguiram se aproximar do pódio, apesar de terem apresentado evolução em relação às etapas anteriores.
Outro ponto alto da corrida foi o desempenho de Gabriel Bortoleto. O brasileiro garantiu um excelente oitavo lugar com a Sauber, superando nomes como Fernando Alonso, Lewis Hamilton e a Mercedes de Kimi Antonelli. Bortoleto continua consolidando sua reputação no paddock, mostrando que pode se tornar uma referência futura da F1, especialmente considerando a competitividade limitada da Sauber na última temporada.
O GP de Monza reforçou, portanto, a força de Verstappen e da Red Bull, expôs as decisões questionáveis da McLaren e destacou talentos promissores como Bortoleto, mantendo viva a expectativa para os capítulos finais da temporada.