Tottenham vence o Manchester United e conquista a Liga Europa 2024/25

O Tottenham é o novo campeão da Europa League. Em uma final nervosa, pegada e com muito mais transpiração do que inspiração, o time londrino superou o Manchester United por 1 a 0 no estádio San Mamés, em Bilbao, e conquistou seu terceiro título continental. O único gol do jogo foi marcado por Johnson, ainda no primeiro tempo, em uma jogada confusa na área. O lance teve participação direta de Luke Shaw e chegou a ser cogitado como gol contra, mas a UEFA confirmou o tento para o atacante dos Spurs.

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Com esse resultado, o Tottenham conquista sua primeira taça na era moderna da Europa League — antes, havia sido bicampeão da Taça da Uefa, nos anos de 1972 e 1984. O título representa também o primeiro troféu de Richarlison no futebol europeu, após passagens por Watford e Everton.

Primeiro tempo: tensão, marcação e eficiência

O início da partida já mostrava o que viria pela frente: um jogo tenso, truncado, com marcação forte e muita disputa física. Em menos de 15 minutos, já haviam sido registradas cinco faltas. O Tottenham optou por uma postura mais agressiva, pressionando a saída de bola do United e cometendo 12 das 16 faltas da etapa inicial, um indício claro da estratégia de travar o jogo.

Apesar da tensão, o Tottenham foi quem criou as melhores oportunidades nos minutos iniciais. Aos 8 minutos, Richarlison quase aproveitou um cruzamento de Pedro Porro e, dois minutos depois, Johnson chegou pela direita e armou o chute de Sarr, que foi bloqueado por Maguire. O Manchester respondeu com Bruno Fernandes, que obrigou Vicario a fazer sua primeira boa defesa, aos 21.

Aos 42 minutos, saiu o gol do título. Pape Sarr cruzou da esquerda, Johnson ganhou a disputa com Shaw e desviou para o fundo da rede, quase caindo. O lance ainda gerou dúvidas sobre um possível toque de mão do defensor adversário, mas o VAR confirmou o gol. Foi a única finalização certa do Tottenham em toda a partida — mas a que decidiu tudo.

Segundo tempo: pressão do United, muralha do Tottenham

O Manchester United voltou do intervalo com mudanças táticas: Bruno Fernandes passou a atuar mais recuado, ao lado de Casemiro, enquanto Mount, Diallo e Dorgu avançaram para dar mais volume ofensivo. A pressão aumentou e as chances começaram a aparecer.

Logo aos 12 minutos, Vicario espalmou uma cobrança venenosa de falta de Bruno Fernandes. Pouco depois, Van de Ven fez um milagre em cima da linha, após cabeceio de Höjlund, mantendo o Tottenham à frente no placar. A cada ataque do United, surgia uma resposta firme da defesa dos Spurs.

No fim, o Manchester teve duas chances claras: uma cabeçada de Shaw defendida de forma espetacular por Vicario e uma bicicleta de Casemiro que passou muito perto. Mas a bola simplesmente não entrou.

Freguesia invertida e fim do jejum

O Tottenham chegou ao seu terceiro título continental, os outros foram conquistados em 1972 e 1984, ainda na antiga Taça da Uefa. E, ironicamente, a conquista veio justamente diante de um de seus maiores algozes: o Manchester United.

Historicamente, os Red Devils são amplamente superiores no confronto direto: 95 vitórias em 205 jogos oficiais. No entanto, nesta temporada, o Tottenham venceu os quatro duelos contra o United: duas vezes na Premier League, uma na Copa da Liga e agora na final europeia. A freguesia, ao menos neste ano, mudou de lado.

Um dos personagens da decisão foi o atacante Richarlison. Titular em Bilbao, ele comentou a surpresa de muitos por ter começado o jogo no lugar de Son. Em entrevista à Cazé TV, ele valorizou o momento:

“Acho que muitos se perguntaram porque eu iniciei o jogo, e não o Son. Mas isso vem do trabalho no dia a dia. Aproveitei a oportunidade que o treinador me deu na semifinal, hoje na final voltei a ser titular e contribuir para a vitória. Foi um ano conturbado, mas no final deu tudo certo.”

O título foi o primeiro de Richarlison por um clube europeu. Antes, ele havia levantado taças com a Seleção Brasileira (Copa América 2019 e Ouro Olímpico em Tóquio) e com o Fluminense (Primeira Liga, em 2016).

O herói improvável e a força coletiva

Com uma única finalização certa, o Tottenham saiu de campo campeão. Johnson, que não era o nome mais cotado para decidir, virou herói improvável. O goleiro Vicario, por sua vez, foi gigante: defendeu tudo que veio em sua direção e garantiu a taça com defesas no reflexo e muita frieza.

Do banco ao campo, do ataque à defesa, o Tottenham foi sólido. O técnico montou uma equipe consciente de suas limitações, mas segura de sua força coletiva. O resultado: a glória eterna da Europa League.

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