Na última terça-feira (25), a equipe do Osasco descobriu que terá um desfalque de peso para a disputa da Copa do Mundo de Vôlei. A Federação Internacional de Voleibol (FIVB), disponibilizou a lista com as atletas do time paulista e um nome fora da lista chamou a atenção que era o da Tifanny Abreu, destaque da equipe paulista. Em seu lugar aparece o nome da oposta Natália Zílio, a jogadora estava prestes a ir jogar na China.
O afastamento da oposta Tifanny significa uma ausência que será muito sentida pelo Osasco na competição, a oposta não foi inscrita na lista preliminar por não ter passado nos testes exigidos pelo Comitê. Apesar de a FIVB não proibir oficialmente a participação de atletas trans em suas competições, a inscrição carece da aprovação do Comitê de Elegibilidade de Gênero, que é a autoridade máxima presente na entidade.
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A jogadora deve entregar toda a documentação necessária e os exames solicitados pelo Comitê nos próximos dias para tentar a sua liberação para a participação no torneio. O Osasco se pronunciou em nota, assegurando total apoio a atleta e afirmou que a oposta Tiffany ainda está buscando a autorização para poder disputar o Mundial de Clubes de Vôlei. O clube agora aguarda o andamento do processo, por hora, são entre, Tiffany e a Federação Internacional.
Pronunciamento da equipe do Osasco sobre o ocorrido
“O Osasco Voleibol Clube vem a público prestar esclarecimentos sobre a inscrição de atletas para o Campeonato Mundial de Clubes de Vôlei Feminino 2025, competição organizada pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB), que será realizada em dezembro, em São Paulo.
Em relação à ausência do nome da atleta Tifanny Abreu na lista preliminar de inscritos divulgada recentemente, o clube esclarece que a situação está diretamente relacionada ao fato de que Tifanny está se submetendo ao procedimento de autorização pela FIVB através do Comitê de Elegibilidade (Sex Eligibility Committee), procedimento exigido pela FIVB para participação, em competições internacionais.
O clube reitera seu total suporte a Tifanny, que está cumprindo todas as etapas e procedimentos previstos nessas normas de elegibilidade. Por se tratar de um processo em andamento e que envolve um trâmite regulatório novo e próprio das competições FIVB.
Conforme o regulamento do Mundial, os clubes devem enviar uma lista preliminar de atletas. A inclusão de nomes além do plantel atual que disputa a Superliga 25/26, faz parte do planejamento estratégico para que o Osasco esteja preparado para diferentes cenários, sempre respeitando os prazos formais. A presença de uma atleta na lista preliminar não significa, por si só, participação garantida no Mundial com a camisa de Osasco.”, concluiu o clube em nota oficial.
Saiba como funciona o Comitê de Elegibilidade de Gênero da FIVB
A Federação Internacional de Voleibol pode levar em conta quaisquer causas e quaisquer outras considerações apresentadas pelo(a) atleta ou solicitadas pelo Comitê de Elegibilidade de Sexo.
- Fisiológicas: Altura, peso, IMC, massa muscular;
- Médicos: como cirurgia de redesignação sexual, níveis de testosterona, medições de receptores musculares, novos avanços e descobertas científicas, etc;
- Esportivos: Desempenhos esportivos em ligas nacionais, posição, experiência participando em outro gênero
Para exemplificar, o Comitê de Elegibilidade de Sexo deve julgar o desenvolvimento fisiológico do(a) atleta com base na puberdade que ele/ela experienciou.
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A formação do Comitê de Elegibilidade de Sexo é composta pro um especialista jurídico e um médico especialista nomeado pela Federação Internacional de Voleibol, além disso, um(a) atleta é indicado(a) pela Comissão de Atletas da FIVB. Precisa constar pelo menos um membro do sexo masculino e outro do sexo feminino no Comitê de Elegibilidade de Gênero.
Um recurso contra a rejeição de uma solicitação de mudança pelo Comitê de Elegibilidade de Gênero deve ser apresentado à FIVB no prazo de 14 dias a partir da notificação inicial da decisão entidade. O recurso precisará ser conduzido conforme a Seção III do Regulamento Disciplinar da FIVB.
Lista das jogadoras inscritas no Mundial de Clubes de Vôlei Feminino
- 1 – Sophia – Líbero
- 2 – Mayhara – Central
- 3 – Maiera – Ponteira
- 4 – Maira – Ponteira
- 5 – Ana Bento – Levantadora
- 6 – Natalia Danielski -Ponteira
- 7 – Cugno – Oposta
- 10 – J. Gray – Levantadora
- 11 – Valquíria – Central
- 12 – Natália Zílio – Ponteira
- 13 – Giovanna – Ponteira
- 14 – Larissa – Central
- 15 – Geovana – Central
- 16 – Marina – Levantadora
- 17 – Molinari dos Santos – Líbero
- 18 – Camila Brait – Líbero
- 19 – Rebeca – Oposta
- 22 – Caitie Baird – Ponteira
- 23 – Lara – Central
- 24 – Lorena – Ponteira
Quando acontecerá o Mundial?
A Copa do Mundo de Vôlei Feminino 2025 vai acontecer no próximo mês de dezembro, aqui no Brasil, na cidade de São Paulo. A Competição irá contar com as oito melhores equipes do planeta e contará com a participação de duas equipes brasileiras, o Osasco e o Praia Clube.
Está não é a primeira vez que São Paulo irá sediar o campeonato, isto já aconteceu outras duas vezes há três décadas atrás. A cidade de São Paulo sediou a competição em 1991 e 1994 e nas duas ocasiões os times paulistas saíram campeões da competição, o Sadia ganhou na primeira edição e o Sorocaba faturou na segunda.
A última equipe brasileira a ganhar a Copa do Mundo de Clubes de Vôlei, foi exatamente a equipe do Osasco, que foi campeã em 2012, sob o comando do atual treinador Luizomar de Moura. A equipe paulista participa da competição por ser a anfitriã, já o Praia Clube garantiu a vaga depois de conquistar o título do Campeonato Sul-Americano.










Um comentário
Respeito muito a Tifanny como cidadã e o direito de ela se sentir “socialmente” uma “mulher”…
Porém, o sentimento interno de ela se sentir mulher tendo o sexo biológico masculino (identidade de gênero) é uma questão social e um aspecto totalmente distinto do sexo biológico, essa “identidade de gênero” não altera os marcadores biológicos fundamentais do sexo do nascimento. A biologia distingue entre sexo (características biológicas, morfológicas , fisiológicas e anatômicas) e gênero (papéis sociais, identidades e expectativas culturais)…
Por que o esporte feminino é separado do masculino? Justamente por essas diferenças características biológicas, morfológicas , fisiológicas e anatômicas que dão ao sexo masculino vantagens de força, velocidade e cardiorrespiratória que justificam essa separação.
Quando um “homem que se sente mulher socialmente” como a Tiffany integra uma equipe esportiva, esta equipe não pode ser classificada como do sexo feminino, mas sim uma equipe MISTA, pois o fato de Tifanny se sentir uma mulher socialmente e ser respeitada por isso, em matéria esportiva, biológica, anatômica, morfológica, fisiológica, cardiorrespiratória, Tifanny não é uma mulher…
Tamanho do Coração e Pulmões: Homens proporcionalmente possuem corações e pulmões maiores, o que permite uma maior capacidade de transportar e processar oxigênio.
Volume Sistólico: Devido ao maior tamanho do coração, os homens em geral têm um maior volume sistólico (quantidade de sangue bombeada por batimento).
VO₂ Máximo: A capacidade aeróbica medida pelo VO₂ máximo (volume máximo de oxigênio que o corpo pode consumir). Em geral, os valores de VO₂ máximo são mais elevados em homens do que em mulheres.
Massa Muscular e Composição Corporal: Homens geralmente possuem maior massa muscular esquelética e menos gordura corporal em comparação com as mulheres (em média, as mulheres têm de 6 a 11% mais gordura corporal). Isso impacta a eficiência na utilização do oxigênio pelos músculos. Os homens geralmente têm maior massa muscular total e maior diâmetro das fibras musculares.
Força: A força muscular máxima é maior nos homens do que nas mulheres. Em média, a força da parte superior do corpo das mulheres é de cerca de 50-60% da dos homens, e a da parte inferior do corpo é de cerca de 70-80%.
Composição Corporal: As mulheres geralmente têm uma porcentagem maior de tecido adiposo (gordura corporal) em relação ao peso corporal total e uma porcentagem menor de massa magra do que os homens.
Tamanho e Densidade Óssea: Os homens geralmente têm ossos maiores, mais longos e com maior densidade óssea.
Proporções dos Membros: Homens tendem a ter braços e pernas proporcionalmente mais longos em relação ao tronco do que as mulheres.
Ângulos Articulares: Diferenças na estrutura óssea do quadril feminino resultam em ângulos diferentes nos membros inferiores (como o fêmur), que influencia a biomecânica do movimento.
A cintura pélvica é mais larga, mais rasa e mais espaçosa nas mulheres e mais estreita, mais alta e mais profunda nos homens. Mulheres têm
ossos mais finos e leves enquanto homens têm mais grossos, pesados e robustos.
A Cintura Escapular (ombros e escápulas): A Largura dos Ombros: nos homens ombros visivelmente mais largos e proeminentes na aparência geral.
Robustez Óssea: Os ossos masculinos (incluindo escápulas e clavículas) são tipicamente mais densos e robustos, com áreas de fixação muscular (impressões ósseas) mais marcadas devido a uma musculatura mais desenvolvida.
Formato Geral: O tórax masculino é geralmente maior.
Metabolismo: Diferenças no gasto energético e na forma como o corpo processa nutrientes também existem, influenciando o desempenho físico e a saúde metabólica entre homens e mulheres…
Por todos estes motivos, homens que se sentem mulheres, esportivamente não poderiam competir em equipes do sexo feminino, porque senão não faria sentido separar equipes masculinas de femininas, as equipes seriam mistas… Logo, esquipes que têm “homens biológicos que se sentem mulheres socialmente” não podem ser consideradas equipes do “sexo feminino”, mas sim “equipes mistas”…
A Equipe Feminina do Vietnã foi desclassificada do Campeonato Mundial de Vôlei Feminino SUB21 realizado na Indonésia em AGOSTO de 2025 por escalar jogadoras do sexo biológico masculino em um torneio específico para o “sexo feminino”. A Federação Internacional de Voleibol (FIVB) anulou todos os jogos em que as jogadoras do sexo masculino participaram. As jogadoras do sexo masculino eram a “Capitã do Time” Dang Thi Hong e Nguyen Phuong Quynh, que foram consideradas inelegíveis após um processo de verificação iniciado devido a protestos de equipes adversárias que alegaram que o Vietnã estava jogando com equipe MISTA e não com uma equipe estritamente feminina. A investigação da FIVB concluiu que as jogadoras do sexo masculino violaram o Artigo 12.2 dos Regulamentos Disciplinares da FIVB, que trata da elegibilidade de jogadores. Consequências: As jogadoras do sexo masculino foram imediatamente desqualificadas do torneio feminino. Todos os resultados dos jogos nos quais as jogadoras do sexo masculino participaram foram anulados. O caso foi encaminhado para uma análise mais aprofundada para possíveis sanções adicionais à Federação Vietnamita de Voleibol por enviar um time MISTO para um Torneio exclusivamente feminino. Caso o torneio fosse de “Voleibol Misto” não haveria problema nenhum, porém em torneios de voleibol feminino só são elegíveis jogadoras do “sexo feminino”, portanto, “homens que se sentem mulheres” podem participar de “Torneios Mistos” ou em “Torneios do Sexo Masculino”, porém, não em Torneios destinados exclusivamente ao “sexo feminino”…