Brasileirão 2025 soma 13 trocas de técnicos em 17 rodadas

A dança das cadeiras segue acelerada no Campeonato Brasileiro 2025. Após 17 rodadas, já são 13 mudanças de comando técnico entre os 20 clubes da Série A. A mais recente foi a demissão de Cláudio Tencati, dispensado pelo Juventude após três derrotas consecutivas.

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Desde o retorno da competição após a Copa do Mundo de Clubes, Tencati foi o segundo técnico a cair — o primeiro foi Juan Vojvoda, no Fortaleza. Antes disso, Thiago Carpini havia sido desligado do Vitória durante o intervalo, por conta da eliminação para o Confiança na Copa do Nordeste.

Veja abaixo todas as trocas realizadas até aqui, da mais recente à primeira do campeonato:

Cláudio Tencati (Juventude)

Claudio Tencati saiu do Juventude - Foto: Reprodução/Juventude
Claudio Tencati saiu do Juventude – Foto: Reprodução/Juventude

Assumiu o clube gaúcho na 9ª rodada, com a missão de tirá-lo da zona de rebaixamento, mas em sete partidas conquistou apenas uma vitória — sobre o lanterna Sport —, um empate e cinco derrotas. Após levar 4 a 0 do Cruzeiro e 3 a 0 do Bahia fora de casa, a diretoria optou pela demissão. O aproveitamento foi de 19%.

Antes de retornar à Série A, Tencati havia deixado o Atlético-GO, na Série B. Teve passagem de destaque pelo Criciúma entre 2021 e 2024, levando o Tigre da Série C à elite nacional.

Juan Vojvoda (Fortaleza)

Juan Pablo Vojvoda chegou em maio de 2021 ao Fortaleza - Foto: Reprodução/Conmebol
Juan Pablo Vojvoda chegou em maio de 2021 ao Fortaleza – Foto: Reprodução/Conmebol

Um dos nomes mais longevos do futebol brasileiro, Vojvoda encerrou seu ciclo no Tricolor do Pici após quatro anos, cinco títulos e mais de 300 jogos. A sequência de cinco derrotas no Brasileirão e a eliminação na Copa do Nordeste encerraram sua trajetória. Renato Paiva assumiu o cargo.

Thiago Carpini (Vitória)

Thiago Carpini em jogo do Vitória no Brasileirão - Foto: Reprodução/EC Vitória
Thiago Carpini em jogo do Vitória no Brasileirão – Foto: Reprodução/EC Vitória

Eliminado pelo Confiança nas quartas da Copa do Nordeste, Carpini não resistiu ao desgaste. Ficou um ano à frente do Rubro-Negro, sem títulos, mas com papel importante na permanência da equipe na elite em 2024. Fábio Carille foi contratado para substituí-lo.

Renato Paiva (Botafogo)

Técnico Renato Paiva em treino do Botafogo - Foto: Reprodução/Vitor Silva/Botafogo
Técnico Renato Paiva em treino do Botafogo – Foto: Reprodução/Vitor Silva/Botafogo

Criticado por John Textor após a eliminação para o Palmeiras no Mundial, Paiva foi desligado na volta dos EUA. Nem a vitória histórica sobre o PSG salvou seu cargo. Estava em 8º no Brasileirão, classificado nas Copas, com aproveitamento de 57% em 23 jogos. O substituto é Davide Ancelotti, filho de Carlo Ancelotti.

Luis Zubeldía (São Paulo)

Técnico Luís Zubeldía em treino do São Paulo - Foto: Reprodução/São Paulo
Técnico Luís Zubeldía em treino do São Paulo – Foto: Reprodução/São Paulo

Mesmo após bom início na Libertadores e na Copa do Brasil, as derrotas no Brasileirão e a proximidade da zona de rebaixamento derrubaram o argentino. Saiu após três reveses seguidos. Em 82 jogos pelo clube, teve 55% de aproveitamento. Hernán Crespo assumiu o comando.

António Oliveira (Sport)

António Oliveira no banco de reservas do Sport - Foto: Reprodução/Paulo Paiva/Sport Recife
António Oliveira no banco de reservas do Sport – Foto: Reprodução/Paulo Paiva/Sport Recife

Com apenas quatro jogos — uma das passagens mais curtas do torneio —, foi demitido após três derrotas e um empate. Estreou com goleada sofrida em casa (4 a 0 para o Cruzeiro) e viu o time afundar na lanterna. Daniel Paulista foi o escolhido para mais uma passagem no clube.

Fábio Matias (Juventude)

Fábio Matias em coletiva pelo Juventude - Foto: Reprodução/Fernando Alves/ECJ
Fábio Matias em coletiva pelo Juventude – Foto: Reprodução/Fernando Alves/ECJ

Foi o primeiro técnico do Juventude em 2025, mas a sequência de cinco jogos sem vencer (quatro derrotas e um empate) resultou em sua demissão. O time foi goleado por 5 a 0 pelo Fortaleza antes da saída. A defesa era a pior do campeonato, com média de 2,5 gols sofridos por jogo.

Pepa (Sport)

Pepa, técnico do Sport - Foto: Reprodução/Paulo Paiva/Sport
Pepa, técnico do Sport – Foto: Reprodução/Paulo Paiva/Sport

Após sete rodadas sem vitória e eliminação precoce na Copa do Brasil, o Sport decidiu encerrar o ciclo do português. Apesar de ter conquistado o acesso em 2024 e vencido o Estadual nos pênaltis, os maus resultados em 2025 pesaram. Saiu com 56,9% de aproveitamento em 41 jogos.

Fábio Carille (Vasco)

Fábio Carille é o treinador do Vasco - Foto: Reprodução/Dikran Sahagian/Vasco
Fábio Carille é o treinador do Vasco – Foto: Reprodução/Dikran Sahagian/Vasco

Demitido após quatro jogos sem vitória. A derrota para o Cruzeiro na 6ª rodada foi a gota d’água. A torcida já vinha pressionando desde o Carioca. Comandou o time em 21 partidas, com aproveitamento de 50,7%. O substituto foi Fernando Diniz.

Ramón Díaz (Corinthians)

Ramón Díaz no Corinthians - Foto: Reprodução/Marcos Ribolli
Ramón Díaz no Corinthians – Foto: Reprodução/Marcos Ribolli

Saiu após a derrota para o Fluminense na 4ª rodada. Apesar do título paulista e da campanha que salvou o time do rebaixamento em 2024, acumulava críticas e desgastes. Deixou o cargo com 59 jogos, 30 vitórias e 13 derrotas. Dorival Júnior, ex-Seleção, foi contratado.

Gustavo Quinteros (Grêmio)

Gustavo Quinteros comanda treino do Grêmio - Foto: Reprodução/Lucas Uebel/Grêmio
Gustavo Quinteros comanda treino do Grêmio – Foto: Reprodução/Lucas Uebel/Grêmio

Demitido após goleada sofrida para o Mirassol por 4 a 1, também na 4ª rodada. Comandou o Grêmio em 20 jogos, conquistando 9 vitórias. Foi substituído por Mano Menezes, que já havia sido desligado do Fluminense.

Pedro Caixinha (Santos)

Pedro Caixinha tem estilo de jogo definido no Santos - Foto: Reprodução/Raul Baretta/Santos FC
Pedro Caixinha tem estilo de jogo definido no Santos – Foto: Reprodução/Raul Baretta/Santos FC

Foi o terceiro técnico a cair. Não resistiu após três rodadas e nenhuma vitória. A derrota para o Fluminense no Maracanã definiu sua saída. Deixou o clube com 16 jogos, seis vitórias e sete derrotas. Cléber Xavier, ex-auxiliar de Tite, assumiu.

Mano Menezes (Fluminense)

Mano Menezes em Fortaleza x Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC
Mano Menezes em Fortaleza x Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC

O primeiro técnico a ser demitido no Brasileirão 2025. A derrota na estreia para o Fortaleza culminou na decisão da diretoria. Mano estava no comando desde julho de 2024 e teve desempenho mediano: 46 jogos, 20 vitórias e 13 derrotas.

A montanha-russa dos técnicos no Brasil

Desde 2003, a instabilidade no cargo de treinador é uma marca do futebol brasileiro, e 2025 segue a tradição. A média de uma demissão a cada rodada reforça a pressão imediatista por resultados e a baixa margem de erro para quem comanda do banco de reservas.

Com quase um turno completo, a pergunta que fica é: quem será o próximo?

Autor

  • Nicolas Pedrosa

    Jornalista formado pela UNIP, com experiência em TV, rádio, podcasts e assessoria de imprensa, especialmente na área da saúde. Atuou na Prefeitura de São Vicente durante a pandemia e atualmente gerencia a comunicação da Caixa de Saúde e Pecúlio de São Vicente. Apaixonado por leitura e escrita, desenvolvo livros que abordam temas sociais e histórias de superação, unindo técnica e sensibilidade narrativa.

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