O Flamengo viveu uma noite de altos e baixos em La Plata, mas terminou com a vaga garantida na semifinal da Libertadores. Mesmo derrotado por 1 a 0 pelo Estudiantes no tempo normal, o Rubro-Negro contou com a estrela do goleiro Rossi nas cobranças de pênaltis para assegurar a classificação. O camisa 1 defendeu duas batidas e transformou um duelo tenso e tecnicamente fraco em um momento de euforia para os cariocas.
Um jogo nervoso e cheio de falhas
A pressão sobre o Flamengo era evidente desde o apito inicial. Empurrado pela torcida no Estádio Jorge Luis Hirschi, o Estudiantes entrou em campo ciente de que precisava vencer para levar a decisão para os pênaltis. O time argentino começou impondo ritmo intenso, pressionando a saída de bola rubro-negra e obrigando Rossi a trabalhar nos primeiros minutos.
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Do outro lado, o Flamengo sentiu o ambiente hostil. O quarteto ofensivo teve dificuldades para se encontrar, os passes não encaixavam e a saída de bola era constantemente interrompida pelo adversário. Na reta final do primeiro tempo, os visitantes até equilibraram a posse e criaram chances, como no chute de Pedro defendido por Rodríguez, mas ainda estavam longe de oferecer perigo real.
A insistência dos argentinos acabou premiada no último lance antes do intervalo. Benedetti recebeu lançamento preciso na área, aproveitou falha na marcação e bateu de primeira. O chute não saiu tão potente, mas Rossi foi surpreendido e não conseguiu defender. Era o gol que colocava fogo de vez no confronto.
Estudiantes baixa a rotação, Flamengo controla, mas não assusta
Se o primeiro tempo teve intensidade e correria, a etapa final foi marcada pelo cansaço e pela falta de organização. O Estudiantes diminuiu o ritmo e se fechou para explorar contra-ataques, enquanto o Flamengo ficou com a posse, mas errou muito na hora de criar. As jogadas pelas pontas eram previsíveis, e os cruzamentos, ineficazes.
A desorganização foi tanta que, em um lance inusitado, Luiz Araújo acabou travando um companheiro dentro da área argentina ao tentar recuperar a bola. O Estudiantes, por sua vez, seguia apostando nas bolas longas para pegar a defesa desprevenida. Chegou a balançar as redes mais uma vez, novamente com Benedetti, mas o VAR flagrou impedimento e anulou o lance.
Nos minutos finais, o 1 a 0 parecia um resultado inevitável. O time de Tite não conseguiu transformar posse em chances claras, enquanto os argentinos não tinham perna para acelerar. Assim, a vaga foi mesmo para os pênaltis.
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O momento de Rossi
Se durante o jogo o goleiro rubro-negro tinha saído de campo com o peso da falha no gol, nas penalidades ele mostrou por que é considerado um dos melhores pegadores do continente. Logo na segunda cobrança, Benedetti autor do gol no tempo normal parou em Rossi, que saltou no canto direito e espalmou com firmeza.
Depois, quando o Estudiantes tentava se manter vivo na disputa, foi a vez do capitão Ascacibar ver sua cobrança defendida. Com duas intervenções decisivas, Rossi garantiu que o Flamengo não precisasse cobrar o último pênalti. Antes, Jorginho, Luiz Araújo, Carrascal e Léo Pereira bateram com categoria, sem dar chance ao experiente Muslera.
As defesas não só selaram a classificação como também redimiram o goleiro pela falha no tempo normal. Rossi saiu de campo aplaudido pelos companheiros e ovacionado pela torcida rubro-negra presente na Argentina.
Rival definido e calendário apertado
Com o resultado, o Flamengo avança para enfrentar outro argentino na semifinal: o Racing, atual campeão da Copa Sul-Americana. Os jogos estão previstos para as semanas de 22 e 29 de outubro, com mando definido pela Conmebol nos próximos dias.
Até lá, o time terá pouco tempo para descansar. Ainda na volta ao Brasil, a delegação segue direto para São Paulo, onde encara o Corinthians no domingo, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O desafio é manter a liderança nacional sem perder o foco no torneio continental.
