A contagem regressiva para a primeira edição do novo formato da Copa do Mundo de Clubes já começou. O torneio, que será disputado nos Estados Unidos e tem início neste sábado, 14, reúne clubes de todas as partes do mundo em um modelo mais longo e competitivo.
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Porto e Benfica, donos de trajetórias marcantes na história do futebol europeu, enxergam o torneio como mais do que um troféu também como uma chance de reconstruir a imagem em um ano turbulento.
O peso da história e da imagem internacional
No passado, o velho formato do Mundial de Clubes já viu o Porto levantar duas taças (1987 e 2004), enquanto o Benfica bateu na trave duas vezes ainda nos tempos da Copa Intercontinental, sendo vice em 1961 e 1962.
Para Bruno Andrade, correspondente da CNN em Portugal, o peso da imagem tem grande influência na forma como os clubes portugueses vêm o torneio.
“Tranquilamente o Benfica e o Porto vão levar bem a sério esse Mundial de Clubes. Primeiro por uma questão de imagem, principalmente aqui em Portugal, onde as competições internacionais contam muito.”
O novo formato agora com 32 clubes de diversas confederações em um campeonato mais extenso e próximo da grandiosidade da Copa do Mundo de seleções, desperta curiosidade e, ao mesmo tempo, preocupação.
E José Miguel Machado, correspondente da Record em Portugal, avalia que os times europeus devem ter postura diferente neste novo modelo de torneio.
“É verdade que as equipes europeias não levavam o Mundial tão a sério como os sul-americanos. Mas este novo formato é uma incógnita. E por ser a primeira edição, acredito que as principais equipes europeias queiram deixar uma boa imagem.”
Como chegam as equipes
O FC Porto chega ao torneio após uma das temporadas mais instáveis de sua história recente. A troca de comando presidencial, com a eleição de André Villas-Boas, e a contratação do técnico argentino Martín Anselmi marcaram um ano de transição e desconfiança.
Entre os nomes que reacendem a esperança, surgem dois jovens: o promissor Rodrigo Mora, de apenas 17 anos, já apontado como destaque da equipe, e o recém-contratado Gabri Veiga, que tenta trazer nova dinâmica ao meio-campo.
Já o Benfica vive um momento de ebulição, após perder o título português e também a Taça de Portugal para o rival Sporting, o clube vê na Copa do Mundo de Clubes uma possível tábua de salvação para a temporada e até para a sobrevivência política de seu presidente, Rui Costa.
“A cobrança é enorme. Muita gente defende a demissão do treinador Bruno Lage, e o Rui Costa já disse que só vai anunciar se vai se recandidatar à presidência depois do Mundial”, conta Bruno Andrade.
Um dos símbolos desse compromisso com a imagem foi a decisão de manter Di María até o fim do contrato, mesmo com o jogador desejando antecipar a saída para o Rosário Central.
Agenda de jogos
O Porto está no Grupo A e estreia no domingo, 15, contra o Palmeiras, às 19h (horário de Brasília), no Estádio MetLife, em Nova Jersey. Na sequência, encara o Inter Miami na quinta-feira, 19h, às 13h (horário de Brasília), no Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta. E fecha sua participação na fase de grupos contra o Al Ahly, na segunda-feira, 23, no Estádio MetLife, às 22h (horário de Brasília).
Já o Benfica, no Grupo C, inicia a competição na segunda-feira, 16, diante do Boca Juniors, às 18h (horário de Brasília), no Hard Rock Stadium, em Miami. Depois, enfrenta o Auckland City, na sexta-feira, 20, às 12h (horário de Brasília), no Inter&Co Stadium, em Orlando. Por fim, tem duelo decisivo contra o Bayern de Munique, na terça-feira, 24, às 15h (horário de Brasília), no Bank of America Stadium, em Charlotte.
