O Palmeiras confirmou mais uma vez o motivo de ser apontado como o time mais regular do Brasil nos últimos anos. Em noite de domínio amplo e atuação coletiva sólida, o Verdão goleou o Juventude por 4 a 1 no Allianz Parque, em jogo atrasado da 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, e disparou na liderança isolada da competição. Os gols foram marcados por Raphael Veiga, Bruno Rodrigues, Bruno Fuchs e Felipe Anderson; Rodrigo Sam descontou para os gaúchos.
Com o resultado, o time de Abel Ferreira chegou aos 58 pontos e abriu três de vantagem sobre o Flamengo na tabela, ambos agora com 26 partidas disputadas. A vitória reforça não apenas o bom momento alviverde, mas também um padrão de jogo que vem se consolidando com autoridade nas últimas rodadas.
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Domínio desde o início: intensidade e amplitude
O Palmeiras impôs ritmo forte desde o primeiro minuto. Mesmo com a primeira chegada perigosa sendo do Juventude, os donos da casa rapidamente assumiram o controle do jogo com posse qualificada e amplitude pelos lados, principalmente com os avanços de Piquerez e Mayke, que empurraram a linha defensiva adversária para trás.
A estratégia de Abel Ferreira foi clara: atrair o Juventude para o corredor central e acelerar pelos flancos, criando superioridade numérica em progressões rápidas. A organização ofensiva foi sustentada pelo trio de meio composto por Aníbal Moreno, Zé Rafael e Veiga, que ditou o ritmo com precisão nos passes verticais.
O volume ofensivo apareceu cedo: foram 12 finalizações na etapa inicial, sete delas no alvo. De tanto insistir, o Verdão abriu o placar com Raphael Veiga, aproveitando sobra dentro da área após jogada construída pelo lado direito. Veiga, mais uma vez decisivo, chegou ao seu 9º gol no Brasileirão. O camisa 23 vive seu melhor momento na temporada.
Logo depois, veio o segundo gol. Bruno Rodrigues, que vinha buscando espaço e confiança desde que retornou de lesão, apareceu bem entre os zagueiros, dominou rápido e finalizou com precisão para ampliar. O atacante atuou mais próximo da área, variando entre ponta e falso 9, e soube aproveitar bem os espaços oferecidos pelo Juventude.
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Segundo tempo de controle e imposição tática
Se alguém imaginou que o Palmeiras administraria o resultado na etapa final, se enganou. A equipe voltou do intervalo com a mesma intensidade e logo fez o terceiro gol com Bruno Fuchs, após cobrança de escanteio e confusão na área. A jogada aérea, que sempre foi uma arma de Abel Ferreira, voltou a fazer diferença.
Com 3 a 0 no placar, o Palmeiras passou a controlar o ritmo, alternando pressão alta com momentos de marcação em bloco médio. Mesmo quando diminuiu o ritmo, manteve o jogo sob controle. Felipe Anderson, sempre participativo, coroou sua atuação com um belo gol após jogada rápida pela direita — foi seu quinto tento no campeonato.
O Juventude descontou com Rodrigo Sam já na reta final, em uma das raras infiltrações da equipe no segundo tempo. O lance não abalou o Palmeiras, que continuou superior em todos os aspectos.
Veiga decisivo, Bruno Rodrigues em alta e Aníbal discreto, porém gigante

Raphael Veiga foi novamente o melhor em campo. Participativo, cerebral e com excelente tomada de decisão, foi o principal articulador ofensivo do Palmeiras. Bruno Rodrigues também merece destaque: além do gol, participou de triangulações rápidas e mostrou boa adaptação ao modelo.
Outro nome importante foi Aníbal Moreno. O volante argentino não aparece tanto, mas foi fundamental na proteção da defesa, antecipando jogadas e impedindo as transições do Juventude. Com ele em campo, o Palmeiras ganhou solidez e recuperações rápidas de posse.
Liderança consolidada e favoritismo reforçado
Com a vitória, o Palmeiras atingiu 70% de chances de título segundo projeções estatísticas do campeonato. Restando 12 rodadas, a equipe de Abel Ferreira dá sinais claros de maturidade competitiva e controle emocional na reta final — características que pesam em torneios longos como o Brasileirão.









