Palmeiras é superado pelo Chelsea e dá adeus para Copa do Mundo de Clubes

O Palmeiras está fora da Copa do Mundo de Clubes. Na noite desta sexta-feira (4), o Verdão foi derrotado por 2 a 1 pelo Chelsea no Estádio da Filadélfia, nos Estados Unidos, em confronto válido pelas quartas de final do torneio. O jogo marcou a despedida do jovem Estêvão, destaque da equipe alviverde e autor de um golaço, mas também evidenciou os limites do time diante de uma das potências do futebol europeu.

Com a eliminação, o Chelsea avança à semifinal e enfrentará o Fluminense na próxima terça-feira, às 16h (de Brasília). Ao Palmeiras, resta retornar ao Brasil e voltar suas atenções ao Campeonato Brasileiro — mas com R$ 216,8 milhões garantidos em premiações, o que ameniza, em parte, a frustração esportiva.

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Primeiro tempo: domínio inglês e dificuldades na marcação

O jogo começou com o Chelsea impondo seu ritmo e explorando os espaços deixados pelo sistema defensivo do Palmeiras. A marcação brasileira, especialmente no setor central, mostrava dificuldades em acompanhar as trocas de passes rápidas da equipe londrina, que priorizou infiltrações curtas e movimentações diagonais.

O primeiro gol saiu logo aos 15 minutos: Cole Palmer recebeu entre Giay e Micael, avançou com liberdade e finalizou rasteiro, no canto esquerdo de Weverton. A bola ainda passou próxima ao pé do goleiro, mas entrou com precisão. Era o 1 a 0 para o Chelsea e um balde de água fria no início palmeirense.

O Verdão tentou reagir, mas encontrava dificuldades para manter a posse e articular jogadas. As primeiras investidas mais perigosas só surgiram a partir dos 40 minutos, com Estêvão e uma cabeçada de Vanderlan, que passou perto do travessão. O placar, no entanto, permaneceu inalterado até o intervalo.

Segundo tempo: golaço de Estêvão reacende esperança, mas azar cobra a conta

Abel Ferreira manteve a mesma formação para o segundo tempo, mas com ajustes táticos. Estêvão passou a jogar mais por dentro, e Allan assumiu o corredor direito, oferecendo mais dinâmica à construção. A mudança surtiu efeito imediato.

Logo aos sete minutos, em bela jogada coletiva, Allan recebeu na ponta e serviu Estêvão. O camisa 10 dominou, puxou pra dentro diante de Colwill e soltou uma bomba cruzada, sem chances para o goleiro Petrovic. Um golaço — e uma despedida em grande estilo para o jogador de 17 anos, já negociado com o próprio Chelsea por cifras milionárias.

O empate embalou o Palmeiras, que passou a explorar os contra-ataques com velocidade. Emi Martínez teve boa chance aos 15, mas se atrapalhou na hora de finalizar. Maurício e Allan também assustaram, mas pecaram na última tomada de decisão.

Quando o jogo parecia controlado, o golpe final veio em uma jogada infeliz. Aos 37 minutos, Malo Gusto avançou pela esquerda e cruzou rasteiro. A bola desviou na chuteira de Giay, enganou Weverton e acabou entrando. A Fifa anotou gol contra do goleiro palmeirense, selando o 2 a 1 e a eliminação alviverde.

Estêvão se despede com emoção e prêmio de melhor em campo

A atuação de Estêvão foi, sem dúvidas, o ponto alto da partida pelo lado brasileiro. Com dribles, personalidade e um golaço, o jovem se despediu do Palmeiras deixando uma imagem marcante. Ao fim da partida, foi eleito o melhor em campo pela Fifa, recebeu o carinho dos torcedores e até dos futuros companheiros de Chelsea. Emocionado, o garoto não conteve as lágrimas.

Premiação milionária para o Palmeiras

Apesar da queda nas quartas, o Palmeiras garantiu US$ 39,82 milhões (cerca de R$ 216,8 milhões) em premiações totais pela participação no torneio. O montante engloba a vaga garantida, resultados da fase de grupos, oitavas e quartas.

A diretoria, inclusive, antecipou parte do valor — R$ 65,8 milhões — ainda no Brasil, para evitar a tributação pesada nos EUA. Os clubes brasileiros no Mundial estudaram abrir empresa no país, mas acabaram optando pelo regime fiscal ECI (effectively connected income), que simula uma empresa americana para fins tributários.

Se avançasse às semifinais, o Palmeiras teria direito a mais US$ 21 milhões (R$ 113,8 milhões). Com a eliminação, esse bônus escapou.

Próximos passos

Com o fim da campanha internacional, o foco volta ao calendário doméstico. A equipe de Abel Ferreira agora mira a recuperação no Brasileirão, onde ainda briga pelas primeiras posições.

Já o Chelsea terá pela frente um duelo continental contra o Fluminense — um confronto entre o poder financeiro europeu e a ousadia do atual campeão da Libertadores.
















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