NFL é criticada por Donald Trump ao escolher Bad Bunny para se apresentar no Super Bowl

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras críticas à NFL, por escolher o cantor Bad Bunny para se apresentar no “Half Time Show” do Super Bowl, em fevereiro do ano que vem, em Santa Clara, na Califórnia. Para o mandatário norte-americano, é “absolutamente ridículo” que o artista faça sua performance na final do torneio.

“Não sei quem ele é. Não sei por que estão fazendo isso, é uma loucura. Eles (NFL) colocam a culpa em algum promotor que contrataram para fazer o entretenimento. Acho absolutamente ridículo”, comentou Trump, em entrevista ao apresentador conservador Greg Kelly.

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Anunciado como uma das atrações do Super Bowl em setembro, durante a partida entre Green Bay Packers x Dallas Cowboys, Bad Bunny tem sido um dos principais artistas do pop mundial atualmente. Com 31 anos e vencedor de três Grammys, Bunny alia o trap e o reggaeton, fazendo uma mistura de ritmos, com letras políticas e que elevam, sobretudo, a cultura de seu país. O próprio cantor explica que o seu trabalho é sempre fazer com que a música Latina seja cada vez mais relevante e ouvida pelo público. Suas apresentações são realizadas em espanhol, majoritariamente.

Com carreira estabilizada, Bad Bunny ainda é compositor e produtor musical. E, justamente por ter esses vieses, foi escolhido pela NFL, em colaboração com a Apple Music e a Roc Nation, a empresa de entretenimento fundada pelo rapper Jay-Z. Com isso, será o primeiro homem latino-americano a ser a atração principal do “Show do Intervalo” do Super Bowl.

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Contudo, Bad Bunny não realiza apresentações em solos estadunidenses, temendo sua segurança. O artista confirma que a atuação dos agentes do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA) contra os latinos é um fator preponderante para não performar no país.

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“São muitos motivos pelos quais eu não apareço nos EUA (continental), e nenhum deles foi por ódio. Já me apresentei lá muitas vezes. Todos os shows foram um sucesso, além de terem sido magníficos. Gostei de me conectar com latinos que moram nos EUA. Mas, especificamente, para uma série de shows aqui em Porto Rico, sendo um território não incorporado dos EUA. A população de lá podia vir aqui para ver o espetáculo”, afirmou Bad Bunny à revista I-D, após uma apresentação em Porto Rico, território ultramarino dos Estados Unidos.

O governo dos EUA não confirma oficialmente como será o trabalho realizado pelos agentes do ICE no Super Bowl. Entretanto, fontes ligadas à Trump afirmam que haverá repressão. Corey Lewandowski, ex-agente de campanha do presidente norte-americano e funcionário especial do departamento de imigração, afirma ter tolerância zero para a população imigrante do país.

“Não há nenhum lugar onde se possa oferecer refúgio a pessoas que estão ilegalmente neste país. Nem no Super Bowl, nem em nenhum outro lugar. Nós os encontraremos, os prenderemos, os colocaremos em um centro de detenção e os deportaremos. Saibam que essa é uma situação muito real sob esta administração, ao contrário do que costumava ser”, ressaltou.

“É uma vergonha que eles tenham decidido escolher alguém que parece odiar tanto os Estados Unidos para representá-los no show do intervalo. Deveríamos tentar ser inclusivos, não exclusivos. Há muitas bandas e artistas excelentes que poderiam estar tocando naquele show, unindo as pessoas e não as separando”, finalizou Lewandowski durante entrevista ao programa de entrevistas The Benny Show.

Autor

  • Matheus de Morais

    Jornalista formado a cerca de cinco anos, Matheus é um eterno apaixonado por esportes, com enfoque em futebol, vôlei e basquete. Nas horas livres, gosta de escrever, ouvir músicas e estar com as pessoas que gosta.

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