Em meio à movimentação da etapa brasileira da World Surf League (WSL), o tricampeão mundial Gabriel Medina trouxe boas notícias para os fãs. Em entrevista para o GE, o surfista revelou estar se recuperando bem da cirurgia no ombro esquerdo e com grande vontade de voltar a competir ainda em 2025, com foco especial na etapa do Taiti, que acontece em 7 de agosto.
Cinco meses após o procedimento, Medina demonstrou otimismo e saudade das ondas.
Leia mais: Em busca de reforço ofensivo, United aumenta investida em jogador do Brentford
“Seria uma oportunidade legal. O Taiti é a etapa que eu mais gosto, a minha favorita no tour, não seria nada mal voltar ali”, afirmou.
No entanto, o retorno está condicionado à sua total recuperação física e a um convite da WSL.
“Se eu me sentir 100% e a WSL me der a vaga, eu vou competir”, ressaltou o atleta, que já sente falta da adrenalina das competições.
Desde o início de maio, Medina tem se dedicado intensamente aos treinos, priorizando a piscina de ondas para um ambiente controlado e seguro. O foco agora é o fortalecimento do ombro. “Tenho treinado, a rotina não parou, tenho treinado bastante dentro e fora da água. Melhorando a cada dia, agora estou na fase de fortalecimento mesmo, mas estou 100% do ombro, espero estar competindo em breve”, detalhou, enfatizando a abordagem passo a passo em sua recuperação.
Análise do formato da WSL e apostas para 2026
Durante o período de ausência de Medina no circuito, a WSL implementou mudanças no calendário do Championship Tour. O surfista, que já conquistou títulos em ambos os formatos (pontos corridos e Finals-5), demonstrou aprovação às alterações recentes.
“Eu achei legal essa mudança, a gente voltou para o formato que a gente tinha no Circuito, mudaram uma coisinha ali e aqui, mas eu gosto de ser pontos corridos, acho que é mais justo, quem vai melhor durante o ano é campeão mundial. Você precisa ser constante ao longo do ano”, explicou.
Apesar da satisfação com o novo formato, Medina levantou um ponto de melhoria para a WSL: a equidade no número de ondas para a direita e para a esquerda no calendário. Para ele, a discrepância atual não é justa, e ele espera ver um ajuste nesse aspecto no futuro.
“Eu não acho tão justo, tem muito mais direita do que esquerda. Sempre teve todos esses anos essa diferença de direita e esquerda, mas enfim. Estou feliz com a mudança do formato do circuito e acho que vai ser um ano muito bom (2026)”, ponderou.
Para a temporada atual, Medina mantém a fé no potencial brasileiro. Após o título de John John Florence em 2024, o tricampeão acredita que o Brasil pode novamente alcançar o topo do pódio. Ele destacou dois nomes em especial como fortes candidatos ao título, que será decidido em Fiji: Yago Dora e Ítalo Ferreira.
“O Yago foi muito bem essas últimas etapas, acho que é um nome muito bom ali no Finals, claro, junto com o Italo. Mas, tenho gostado de ver e se tivesse que chutar um nome eu diria os dois no Finals, ainda mais sendo em Fiji, que eles vão surfar de frente, então são os dois grandes nomes para um título mundial”, finalizou.
A expectativa agora é grande para ver Gabriel Medina de volta às ondas, trazendo sua paixão e talento para o cenário competitivo da WSL.