WSL barra retorno de Medina e tricampeão mundial fica fora de Teahupo’o

O tão aguardado retorno de Gabriel Medina ao Championship Tour terá que esperar. O tricampeão mundial de surfe está oficialmente fora da etapa de Teahupo’o, no Taiti, após ter seu pedido de wildcard recusado pela World Surf League (WSL). Recuperado de uma cirurgia no ombro realizada em janeiro, o brasileiro de 31 anos havia demonstrado interesse público e formalizado o pedido à entidade em maio, mas não foi atendido.

As duas vagas de convidado para a etapa, marcada entre os dias 7 e 16 de agosto, já estavam reservadas: uma para o taitiano Kauli Vaast, campeão olímpico em Paris 2024, e a outra para o vencedor da tradicional triagem local. A WSL ainda cogitou oferecer a Medina a condição de substituto em caso de lesão de outro atleta, mas ele recusou a possibilidade.

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“Não tem wild card disponível para o Taiti. O que pode acontecer com o Gabriel é se tiver uma vaga de substituto de machucado”, explicou Renato Hickel, vice-presidente de Tour e Competições da WSL.

A decisão da WSL gerou críticas de parte da comunidade do surfe. Para muitos, deixar de fora um dos maiores nomes da história do esporte, especialmente em uma etapa onde ele tem histórico de excelência, soa como desvalorização. Medina venceu em Teahupo’o em 2014 e 2018, foi vice em quatro ocasiões (2015, 2017, 2019 e 2023), e conquistou ali a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2024.

Medina tem vaga garantida para disputar a temporada completa de 2026 do Championship Tour. A WSL reformulou o calendário e voltará ao formato de pontos corridos no próximo ano, encerrando a era do “Finals Day”, adotado desde 2021. Medina, inclusive, já projeta a busca pelo inédito tetracampeonato.

“Com certeza, minha meta é ser tetra mundial. Vai ser um ano diferente, começa em abril, termina em dezembro. Eu prefiro assim. Tenho bastante tempo para me preparar, e isso me motiva”, declarou.

Até abril de 2026, quando o Tour recomeça em Bells Beach, na Austrália, o surfista deve manter sua preparação entre ondas artificiais em São Paulo e picos do litoral brasileiro. Com a confirmação da ausência em Teahupo’o, os fãs do surfe terão que aguardar mais alguns meses para ver o retorno de Medina ao circuito da elite mundial.

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