Max Verstappen, tricampeão mundial de Fórmula 1, está cada vez mais próximo de confirmar sua permanência na Red Bull Racing até pelo menos o fim de 2026. As dúvidas que pairaram no início da temporada 2025, alimentadas por uma cláusula contratual que poderia abrir caminho para sua saída antecipada, estão sendo dissipadas à medida que o piloto mantém desempenho competitivo e consistente.
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O contrato de Verstappen com a Red Bull — válido até o fim de 2028 — continha uma cláusula de performance que permitia ao piloto deixar o time caso não estivesse entre os quatro primeiros colocados no campeonato até o GP da Áustria. Essa salvaguarda era vista como uma proteção do próprio Verstappen contra possíveis declínios de desempenho da equipe.
Com o avanço da temporada e seus resultados expressivos — incluindo vitórias e pódios que o mantêm entre os líderes da tabela — Verstappen está prestes a anular essa cláusula, o que praticamente assegura sua permanência no time austríaco.
O impacto da cláusula
A cláusula de saída foi incorporada ao contrato como parte da negociação que garantiu a renovação com a Red Bull após o título de 2021. A medida visava proteger o piloto caso a equipe deixasse de oferecer um carro competitivo nos anos seguintes. Com a aposentadoria parcial de Adrian Newey e os desafios técnicos do novo modelo RB21, muitos começaram a especular sobre a ativação dessa cláusula.
No entanto, Verstappen segue performando em alto nível. Mesmo diante das dificuldades do RB21, ele segue entre os primeiros colocados e consolidando sua posição no campeonato. Com isso, a possibilidade de saída se tornou praticamente nula.
Dificuldades com o RB21
O modelo 2025 da Red Bull não é o carro dominante das temporadas anteriores. Projetado sem o envolvimento direto de Adrian Newey, o RB21 tem sido alvo de críticas internas. Helmut Marko, conselheiro da equipe, já afirmou que o carro é “mais difícil de pilotar do que o esperado”.
Verstappen também tem sentido os efeitos do novo pacote aerodinâmico. Em etapas como Mônaco e Canadá, ficou claro que o RB21 não se comporta bem em circuitos de baixa velocidade. Ainda assim, o piloto tem conseguido extrair desempenho, em parte graças à sua experiência e domínio técnico.
Verstappen quebra o silêncio
Diante da pressão midiática, Verstappen finalmente quebrou o silêncio em entrevistas recentes. Durante a coletiva de imprensa do GP da Arábia Saudita, o piloto abordou as especulações sobre a cláusula e sua possível saída da Red Bull:
“Muita gente fala sobre isso, menos eu. Como eu disse antes, só quero me concentrar no meu carro, trabalhar com as pessoas da equipe — é a única coisa em que estou pensando na Fórmula 1 no momento. Estou muito tranquilo.”, disse Max Verstappen, em coletiva oficial da FIA
Em outro momento, em entrevista à Fox Sports Australia, Verstappen reafirmou sua postura de foco e lealdade:
“Estou apenas focado em pilotar e não penso em outros cenários.”
As falas mostram que Verstappen está ciente do burburinho externo, mas está firme na sua decisão de seguir comprometido com a equipe. Não há, até o momento, indícios de que o piloto esteja cogitando seriamente deixar a Red Bull antes do fim de seu contrato.
Olhar para o futuro: 2026 e os novos motores
A permanência de Verstappen tem ainda mais peso considerando a transição técnica que a Fórmula 1 viverá em 2026, quando novas regras de motorização entrarão em vigor. A Red Bull, que atualmente utiliza unidades de potência em parceria com a Honda, assumirá o desenvolvimento completo de seus próprios motores com a Red Bull Powertrains.
Esse novo cenário torna a figura de Verstappen ainda mais central. Sua experiência será fundamental para guiar a equipe por esse período de adaptação. Sua presença também transmite segurança para engenheiros e patrocinadores.
Interesses de outras equipes
A Mercedes foi uma das equipes que flertou publicamente com a ideia de contar com Verstappen, especialmente após a saída de Lewis Hamilton rumo à Ferrari. No entanto, Toto Wolff reconheceu que a contratação de Verstappen dependeria de uma série de fatores contratuais, incluindo cláusulas que já parecem inativas neste momento.
Com a cláusula de saída praticamente anulada e Verstappen reiterando sua confiança na Red Bull, o sonho da Mercedes parece ter sido adiado, senão encerrado.
A Fórmula 1 volta de 30 de maio a 1º de junho em Barcelona, que recebe o GP da Espanha, nona etapa da temporada 2025.
