Max Verstappen decidiu: vai permanecer na Red Bull em 2026. Após meses de rumores sobre uma possível ida para a Mercedes, o tetracampeão mundial confirmou, durante a entrevista coletiva de abertura do GP da Hungria, nesta quinta-feira (31), que seguirá na equipe austríaca pelo menos até o fim do próximo ano.
“Nunca falei nada sobre isso porque estava focado em conversar com a equipe sobre como podemos melhorar nosso desempenho, ideias para o próximo ano também, e é por isso que não tinha nada a acrescentar”, disse Max.
“Mas acho que é hora de acabar com todos os rumores, e para mim sempre ficou bem claro que eu ficaria de qualquer maneira”, completou.
O piloto tem contrato com a Red Bull até 2028, mas uma cláusula de saída por desempenho havia alimentado boatos de transferência, especialmente após a queda de rendimento do time. A Mercedes chegou a demonstrar interesse publicamente, e a especulação cresceu após declarações de George Russell e encontros entre Verstappen e Toto Wolff, chefe da equipe alemã.

Durante a entrevista ao site oficial da F1, Verstappen ironizou os boatos:
“Se meu barco estiver próximo ao de Toto, significa que eles estão apenas próximos. Você pode ter uma relação pessoal com alguém mesmo se não tiver uma relação profissional.”
Red Bull pressionada e Horner demitido
A Red Bull vive uma fase instável e ocupa apenas o quarto lugar no Mundial de Construtores, sustentada pelo bom desempenho individual de Verstappen, atualmente terceiro no Mundial de Pilotos. O piloto não poupou críticas ao carro ao longo do ano, o que aumentou a tensão nos bastidores da equipe.
A confirmação da permanência do holandês ocorre três semanas após a demissão de Christian Horner, que foi chefe de equipe da Red Bull por 20 anos. A saída veio após seguidos embates internos com Jos Verstappen, pai de Max, especialmente intensificados após o GP da Inglaterra, quando o piloto terminou apenas em quinto lugar.
Contrato intacto e foco no futuro
Apesar das instabilidades, Verstappen afirma que nunca cogitou deixar a equipe:
“Acho que esse também era o sentimento geral da equipe, porque estávamos sempre discutindo o que poderíamos fazer com o carro. E quando você não está interessado em ficar, você também para de falar sobre esse tipo de coisa – e eu nunca falei.”
O neerlandês ainda ressaltou que está envolvido nos planos de melhorias para a próxima temporada, o que reforça seu comprometimento com a equipe.
200 GPs com a Red Bull e legado histórico
Neste fim de semana, no GP da Hungria, Verstappen completará 200 Grandes Prêmios pela Red Bull, equipe pela qual venceu 65 corridas, conquistou 44 pole-positions e subiu ao pódio 117 vezes, além de conquistar quatro títulos mundiais consecutivos.
Aos 27 anos, prestes a fazer 28, ele já é considerado o maior piloto da história da equipe austríaca e um dos maiores nomes da Fórmula 1.
Com a permanência de Verstappen confirmada, a Red Bull ganha fôlego para se reorganizar em meio à temporada instável. O mercado de pilotos continua agitado, e 2026 será um ano decisivo para todas as equipes, com novas regras e mudanças estruturais nos motores. Mas, pelo menos por enquanto, o protagonista permanece no mesmo palco.
Próxima parada: Hungria

A Fórmula 1 retorna de 1º a 3 de agosto, com o GP da Hungria em Hungaroring. Com Piastri abrindo vantagem, Norris perdendo terreno e Bortoleto se destacando entre os novatos, a temporada ainda tem muitas histórias a contar — mesmo que a briga pelo título, por enquanto, careça de emoção.