Poucos jogos do futebol mundial desfilam 40 títulos nacionais em campo, mas é isso o que acontece entre os times vermelhos de Liverpool e Manchester United, na Inglaterra, e por maior que seja a diferença atual entre as equipes, o cronômetro marcava 1 minuto e dois segundos de jogo, quando a bola descansou pela primeira vez no fundo da rede do Liverpool, em Anfield.
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A torcida da casa ainda cantava “You’ll never walk alone”, quando Mbeumo empurrou para dentro o passe de Diallo, marcando 1 a 0 no placar para o Manchester United. O Liverpool já havia perdido a liderança da Premier League para o Arsenal, e entrou em campo pressionado após vitória do Manchester City sobre seu rival local, o Everton, por 2 a 0.
O gol no primeiro minuto botou água no chope de Arne Slot que vinha de 3 derrotas consecutivas, duas pela Premier League – contra Chelsea e Crystal Palace -, e uma pela Champions League, contra o Galatasaray, quando o goleiro Alisson se contundiu e se tornou desfalque para o clássico deste domingo. Pelo lado dos Red Devils, uma vitória sobre os arquirrivais significaria um segundo triunfo seguido para os comandados por Ruben Amorim em busca de uma recuperação na tabela.
No último encontro entre ambos, o United foi quem mais incomodou os campeões ingleses da última temporada em um eletrizante empate por 2 a 2, também em Anfield, em janeiro deste ano. O clássico da rodada, portanto, era a chance para que cada um se reencontrasse consigo mesmo nesta edição do Campeonato Inglês.
Até porque, o artilheiro Mohamed Salah, do Liverpool, mais do que precisava desse reencontro com os gols. Após uma temporada histórica com 34 gols e 23 assistências em 52 partidas, o faraó egipicio marcou apenas 3 vezes, em 10 jogos nesta temporada.
Com os ânimos equilibrados após o gol relâmpago, os times pouco ameaçaram um ao outro. A chance mais clara havia sido uma bola na trave do United após passe de Salah para finalização de Gakpo, e, apesar disso, era o United quem mais pressionava o Liverpool, criando mais oportunidades de gol, até os 30 minutos. A partir da primeira meia hora, o Liverpool equilibrou a criação de chances, exigindo bastante do goleiro Lammens.
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Os times foram para o intervalo com 7 a 6 em finalizações para o Liverpool, mas 3 grandes chances para o United, contra apenas 2 dos anfitriões. Os donos da casa também foram superiores em posse de bola, 60% a 40% e das 10 faltas do jogo, 10 foram cometidas por eles. O placar, entretanto, continuava 1 a 0 para os visitantes.
Os times voltaram com o Liverpool correndo atrás do prejuízo. Se a superioridade de posse de bola era gigante, no segundo tempo aumentou de 60% para 67%. No United, Casemiro saiu contundido para dar lugar a Ugarte, aos 13. Diallo e Mount deram lugar a Sesko e Dorgu, aos 15 minutos da segunda etapa.
Nos reds, Gravenberch, Mac Allister e Bradley deram lugar a Jones, Ekitiké e Wirtz, aos 17 da segunda etapa. Aos 27, foi a vez de Isak dar lugar a Chiesa e aos 29, o próprio Chiesa tocou para Gakpo empatar o jogo e o Liverpool manter a escrita de marcar pelo menos 1 gol nos últimos 42 jogos.
O que não foi suficiente, pois o Manchester não se fez de rogado e aos 39, Harry Maguire cabeceou lançamento de Bruno Fernandes para colocar os red devils novamente à frente no placar.
O Liverpool, então, era só pressão. Fernandes deu lugar a Mainoo e Shaw a Yoro, no United e Frimpong substituiu Salah, no Liverpool. A blitz do Liverpool se mostrou estéril e o segundo tempo acabou do jeito que começou, com a vitória do Manchester após 9 anos sem vencer os rivais em Anfield.
Segunda vitória seguida para os Devils. Terceira derrota seguida e sinal vermelho ligado para para os Reds, que na última temporada inteira perderam apenas quatro vezes na liga.









