Juventus da Mooca oficializa criação de SAF em acordo de cerca de R$ 500 milhões

Na manhã desta sexta-feira (24), o Clube Atlético Juventus, time tradicional da Zona Leste da capital paulista, anunciou em suas redes sociais uma nota oficial, comunicando a assinatura do acordo e contrato da SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

Confira a nota:

O Clube Atlético Juventus comunica à sua comunidade, torcedores, associados e à imprensa a assinatura do acordo e contrato de constituição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) — um passo histórico que marca o início de uma nova era para o Moleque Travesso.

Mais do que uma mudança administrativa, a SAF representa um compromisso com o futuro do Juventus: um modelo moderno, transparente e sustentável, que preserva nossa essência e fortalece o que temos de mais valioso, nossa tradição, nossa história e o amor da Mooca.

A nova gestão vem trabalhando com planejamento, seriedade e paixão, para garantir que o Juventus continue sendo um clube de raízes fortes e alma popular, ao mesmo tempo em que se projeta para o futuro. A SAF permitirá novos investimentos, reestruturação esportiva, valorização das categorias de base, modernização do clube e ampliação do protagonismo juventino no cenário nacional.

O acordo firmado preserva integralmente a identidade e a beleza do Juventus, assegurando que cada conquista continue carregando o orgulho do grená e o espírito do Moleque Travesso.
O Juventus é da Mooca, mas o seu destino é conquistar o Brasil.

Durante todo o processo de transição, a diretoria reafirma o compromisso com a transparência, o diálogo e a responsabilidade na condução deste novo capítulo, sempre respeitando os princípios que tornaram o Juventus um dos clubes mais queridos e respeitados do país.

Os próximos passos e detalhes do processo da SAF serão divulgados em breve, prezando sempre pela transparência e comunicação com os associados, atletas, colaboradores e torcedores, que são parte fundamental dessa caminhada.

A nova gestão acredita que é possível honrar o passado e construir o futuro com o mesmo coração grená que pulsa há mais de um século. Unidos, torcedores, sócios e comunidade, seguiremos firmes na missão de fazer o Juventus brilhar ainda mais.

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A SAF foi aprovada pelos sócios do clube em junho de 2025. O acordo previa um investimento inicial de R$ 480 milhões, visando chegar à elite do Campeonato Brasileiro em até dez anos. Quem havia apresentado a proposta foram as empresas REAG Capital Holding, um grupo financeiro independente com foco em “soluções de investimento e crédito”, e a Contea Capital, uma gestora de recursos que atua no mercado de capitais brasileiro.

Na época, a proposta teve aproximadamente 84% de aprovação dos 384 sócios que participaram da votação, tendo apenas 62 votos contrários à venda. A oferta previa a compra de 90% das ações do departamento de futebol, e o restante ficaria sob posse da associação. A concessão do estádio Conde Rodolfo Crespi vale por 50 anos, podendo ser renovada.

O objetivo principal da SAF é a captação de investimentos, reestruturação esportiva, modernização da estrutura e da instituição, e o crescimento nacional, almejando locais nunca alcançados pelo clube. O plano também aposta na formação de atletas, mantendo o “DNA formador da base”. Vale lembrar que o Juventus está com uma nova gestão à frente do projeto SAF, buscando seriedade e planejamento, sem perder o vínculo comunitário que marca a história do clube.

Envolvimento com crime organizado

A empresa REAG Capital, uma das responsáveis pela aquisição dos direitos do clube, recentemente passou a ser investigada na megaoperação “Carbono Oculto”, deflagrada em agosto pela Polícia Federal e pela Receita Federal, contra o PCC (Primeiro Comando da Capital).

A operação investigava esquemas de fraude e lavagem de dinheiro, além de buscar desmantelar um esquema bilionário no setor de combustíveis, sendo considerada a maior operação da história do Brasil contra o crime organizado.

Segundo as investigações, a REAG teria atuado como representante legal da Usina Itajobi, localizada em Catanduva (SP), comprada por um fundo administrado pela empresa, com recursos que, segundo a apuração, teriam origem em operações de lavagem para Mohamad Mourad, o “Primo”, apontado como operador financeiro do PCC.

Em nota, a empresa afirmou que nunca teve ligação com grupos criminosos, como o PCC, nem com qualquer atividade ilegal, classificando as alegações como infundadas. Até o momento, a investigação segue em aberto, e os fatos continuam sendo apurados, sem condenações definitivas em relação à REAG.

Autor

  • Vinícius Nazza

    Vinícius Nazza é estudante de Jornalismo, apresentador de telejornais e CEO do Portal Ponto360. Fã declarado de esportes, encontrou na comunicação sua verdadeira paixão: informar precisão e sensibilidade. Com espírito inquieto e sede de conhecimento, está sempre em busca de evolução, tanto pessoal quanto profissional. No comando do Ponto360, lidera uma equipe jovem e engajada, dedicada a transformar o jornalismo em uma experiência mais próxima do público.

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