A nova geração do tênis brasileiro segue escrevendo capítulos importantes na história do esporte. Nesta terça-feira (2), João Fonseca venceu sua primeira partida na chave principal de Wimbledon e quebrou um jejum que durava 61 anos: ele se tornou o tenista brasileiro mais jovem a vencer um jogo na grama sagrada de Londres, superando a marca histórica de Thomaz Koch, registrada em 1963.
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Aos 17 anos, Fonseca estreou com autoridade no Grand Slam inglês ao derrotar o espanhol Roberto Carballés Baena por 3 sets a 1, com parciais de 7/6 (7-3), 6/2, 6/7 (6-8) e 6/3, em uma atuação marcada pela agressividade e pela maturidade incomum para alguém que ainda figura entre os estreantes no circuito profissional.
O feito é ainda mais simbólico por ter sido alcançado justamente em Wimbledon, torneio que impõe uma série de adaptações aos jogadores latinos, especialmente os formados no saibro, como Fonseca. Mas o jovem carioca mostrou adaptação rápida à superfície, combinando potência no saque e variações de ritmo que desconcertaram o adversário.
Com a vitória, João Fonseca avança à segunda rodada do torneio e já supera sua própria campanha em Roland Garros, quando caiu na estreia. Agora, ele aguarda o vencedor do duelo entre Taylor Fritz e Christopher O’Connell para conhecer seu próximo adversário.
A trajetória meteórica de Fonseca em 2024 reforça o status de promessa do tênis nacional. Ex-número 1 do mundo no ranking juvenil e campeão do US Open júnior no ano passado, o brasileiro já vinha chamando atenção após conquistar seus primeiros pontos importantes no circuito da ATP, inclusive com vitórias em torneios de nível challenger e uma estreia competitiva no Rio Open.
Mais do que um resultado isolado, a vitória em Wimbledon sinaliza que o futuro de João Fonseca pode estar cada vez mais presente. E, para o tênis brasileiro, representa o rompimento de uma barreira histórica com talento, confiança e, acima de tudo, com a coragem de quem sabe que pode mais.
