Com autoridade de campeã olímpica e embalada por uma sequência avassaladora, a seleção italiana não deu chances à Polônia e carimbou seu passaporte para a final da Liga das Nações de Vôlei Feminino 2025. Na semifinal disputada nesta sexta-feira (25), as italianas venceram por 3 sets a 0, com parciais de 25/18, 25/16 e 25/14, em uma atuação quase impecável.
Agora, a Itália parte para sua segunda final consecutiva de VNL, em busca do bicampeonato. O adversário será o Brasil, neste domingo, às 15h (horário de Brasília), em jogo que promete ser uma verdadeira batalha de gigantes.
Primeiro set: Egonu esquenta e Itália impõe respeito
A Itália começou a partida com o controle nas mãos. Mesmo com um início mais discreto da oposta Paola Egonu, a seleção soube explorar bem as brechas no sistema defensivo polonês e foi abrindo vantagem com consistência. O bloqueio italiano se impôs logo de cara, e o primeiro set terminou com 25 a 18 para as azurras.
Segundo set: Degradi brilha e vantagem aumenta
Na segunda parcial, o domínio italiano ficou ainda mais evidente. A ponteira Alice Degradi apareceu com força nos ataques e contribuiu de forma decisiva na construção da vantagem. A defesa e o bloqueio também funcionaram como um relógio suíço, travando as tentativas da Polônia de reagir. Resultado: um tranquilo 25 a 16, com a Itália já com um pé na decisão.
Terceiro set: atropelo e festa azul
Sem freios, a Itália voltou para o terceiro set disposta a liquidar a fatura rapidamente — e foi o que fez. A Polônia, já abatida emocionalmente, viu os erros se acumularem, principalmente nos momentos decisivos do saque. Egonu, mais solta e afiada, comandou a reta final do confronto, fechando o set em 25 a 14 e o jogo em 3 a 0.
Egonu e Degradi lideram show italiano

Após um início tímido, Paola Egonu reencontrou sua melhor forma e terminou como a maior pontuadora do duelo, com 17 pontos, sendo 15 em ataques, além de um bloqueio e um ace. Degradi, em excelente forma técnica, contribuiu com 13 pontos, todos em ataques certeiros.
Na rede, Anna Danesi foi outro destaque da equipe italiana, com cinco bloqueios. Ao lado de Sarah Fahr, a capitã ajudou a montar uma verdadeira muralha que limitou as ações ofensivas da Polônia.
Polônia erra mais e sente pressão
Mesmo jogando em casa, a Polônia não conseguiu repetir o desempenho das fases anteriores da competição. A capitã Agnieszka Korneluk foi quem mais pontuou pela equipe, com 11 pontos (seis de ataque e cinco de bloqueio). Vinda do banco, Malwina Smarzek também teve atuação digna, somando nove pontos.
Os números mostram o tamanho da diferença em quadra: a Itália venceu nos ataques (51 a 30), nos bloqueios (11 a 6) e também nos aces (3 a 1). Apesar disso, cometeu mais erros: foram 11 pontos cedidos, contra 10 das polonesas.
Reações e próxima parada
Para Degradi, o mérito da vitória foi coletivo:
“Achei que jogamos muito bem em todos os aspectos. Nosso bloqueio e defesa foram muito consistentes. Cada jogo é uma história, e agora nosso foco é total na final”, declarou.
Já a capitã Korneluk lamentou o revés, mas mirou a disputa pelo bronze com esperança:
“A Itália fez uma grande partida. Agora precisamos nos recuperar rápido, porque queremos repetir o feito das últimas temporadas e garantir mais uma medalha para o nosso país.”
A Polônia, que conquistou o bronze em 2023 e 2024, agora tentará manter a escrita e subir ao pódio novamente — desta vez, diante da sua torcida.