Guia da NFL: entenda regras, cultura, onde assistir e como escolher seu time

A temporada 2025/2026 da NFL (National Footbal League) vai começar. O esporte que reúne tradição e emoção está de volta para mais uma temporada de bola jogada, e está cada vez mais na agenda esportiva do brasileiro. De acordo com o estudo “Yard by Yard” realizado pelo IBOPE Repucom, 41 milhões de brasileiros se declararam fãs da NFL em 2024, o que representa um aumento de 310% comparado a 2014. Isso se deve a uma campanha fervorosa por parte dos americanos em popularizar o esporte fora dos Estados Unidos. A liga vem fazendo um árduo trabalho de marketing para se adaptar a forma de consumo do esporte em cada país.

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Prova disso são os jogos realizados fora do país norte-americano, como ocorreu em setembro de 2024. O Green Bay Packers enfrentou o Philadelphia Eagles na Neo Química Arena, casado Corinthians. No jogo, os Eagles levaram a melhor, mas o evento contribuiu para a captação do público, que esgotou os ingressos para acompanhar a partida, e se tornou evento obrigatório no calendário da SpTuris, departamento da prefeitura da cidade de São Paulo

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MAS AFINAL, O QUE É FUTEBOL AMERICANO?

Origem do esporte (EUA, evolução do rugby): O futebol americano surgiu de divergências existentes dentro da prática do rugby, esporte semelhante a versão adaptada do futebol tradicional. Na transição dos séculos XIX e o século XX, treinadores universitários como Eddie Cochems, Amos Alonzo Stagg, Knute Rockne e Glenn “Pop” Warner ajudaram na evolução do jogo e da famosa “descida para frente”.

Com isso, a popularidade da prática cresceu e se tornou o esporte dominante nos Estados Unidos. Os jogos Bowl, como são chamados os jogos universitários, começaram a atrair um grande público nacionalista para as partidas. As rivalidades entre as “bandeiras” das universidades, corroboram para o fervor do público que ainda compareceu em peso para temporada universitária, que é a principal “vitrine” para jogadores que almejam estar na NFL. O primeiro jogo interuniversitário ocorreu em novembro de 1869, entre as universidades Rutgers e Princeton e foi disputado com 25 jogadores e ainda se assemelhava muito ao rugby.

As principais mudanças no esporte, que o deixaram como conhecemos hoje, veio através de Walter Camp, considerado “pai do futebol americano”. O técnico do Universidade de Yale revolucionou a prática do esporte com as seguintes regras:

  • A introdução da linha de scrimmage, onde a jogada começa;
  • A regra das descidas, estabelecendo que o time deveria avançar uma determinada distância para manter a posse da bola;
  • A redução do número de jogadores por equipe para 11;
  • A padronização do sistema de pontuação.

O futebol americano profissional começou a tomar forma oficialmente em 1920, com a criação da American Professional Football Association (APFA) que dois anos depois de tornou National Football League (NFL). Inicialmente, a liga era composta por equipes de pequenas cidades industriais, mas logo se expandiu para os grandes centros urbanos. O futebol americano “avançou” no campo da notoriedade na década de 1950, principalmente após a partida conhecida como “The Greatest Game Ever Played” (O melhor jogo de todos os tempos), final do campeonato da NFL de 1958 entre Baltimore Colts e New York Giants.

A partida televisiva foi um marco nas transmissões esportivas, o que colaborou para o aumento do público. Em 1960, houve a criação da American Football League (AFL), trazendo mais competitividade e inovação para a liga, resultando na fusão entre NFL e AFL em 1970. Dessa junção nasceu o Super Bowl, evento esportivo mais importante dos Estados Unidos, e o mais assistido do mundo.

PRINCÍPIOS DO FUTEBOL AMERICANO

O objetivo do jogo é marcar mais pontos durante o tempo regular do jogo. As equipes fazem até alcançar a “end zone” do adversário que fica do outro lado do campo, podem marcar touchdowns ou marcando field gols. Uma equipe possui “downs” (tentativas) de avançar pelo menos 10 jardas de acordo com as regras da partida regular. Caso consigam, eles ganham mais uma tentativa de quatro downs para seguir avançando. Se não atingirem o mínimo, a posse de bola passa para  o time adversário.

O campo de futebol americano é retangular, possui 100 jardas de comprimento (aproximadamente 91 metros) e 53,3 jardas de largura (cerca de 48,7 metros). Em cada extremidade há uma “endzone” que mede 10 jardas(9,1 metros) de profundidade. O campo é marcado por linhas de jardas, que ajudam as equipes a marcarem quanto já percorrem dentro de campo. Em cada ponta, há através de field gol, o famoso “Y” para onde os jogadores chutam a bola ao final de uma tentativa frustrada de avançar 10 jardas.

O futebol americano é jogado com 11 jogadores de cada lado, divididos em três grupos: ataque, defesa e times especiais, compostos pelas seguintes  posições em campo:

  • Quarterback (QB): É o líder do ataque, responsável por lançar passes ou entregar a bola para os running backs.
  • Running back (RB): Corre com a bola e tenta avançar pelo campo.
  • Wide receiver (WR): Recebe passes do quarterback e tenta avançar com a bola.
  • Linha ofensiva (OL): Protege o quarterback e abre espaço para o running back avançar.
  • Linha defensiva (DL): Pressiona o quarterback e tentar impedir o avanço da equipe adversária.
  • Linebackers (LB): Jogadores versáteis que ajudam na cobertura de passes e no combate ao jogo corrido.
  • Defensive backs (DB): Defendem contra os passes lançados pelo quarterback adversário.
  • Special teams: Grupo de jogadores (kicker e punter) que entra em campo para jogadas específicas, como field goals, punts e retornos de kickoffs

COMO FUNCIONA A PONTUAÇÃO?

Existem quatro maneiras principais de pontuar em uma partida de futebol americano:

  • Touchdown (6 pontos): A principal forma de pontuar. Um touchdown ocorre quando o jogador leva a bola até a endzone adversária.
  • Field goal (3 pontos): Quando a equipe chuta a bola entre os postes na end zone adversária. Geralmente é utilizado quando o time não consegue o touchdown.
  • Conversão de ponto extra (1 ou 2 pontos): Após um touchdown, o time pode chutar a bola entre os postes para um ponto extra ou tentar marcar um “2-point conversion” (2 pontos) avançando a bola até a endzone novamente.
  • Safety (2 pontos): Ocorre quando a defesa consegue derrubar um jogador do ataque com a posse da bola dentro de sua própria end zone.

A DINÂMICA DOS DOWNS E PENALIDADES NO FUTEBOL AMERICANO

Cada equipe tem quatro tentativas, chamadas de downs, para avançar pelo menos 10 jardas. Se o time conseguir avançar as 10 jardas ou mais, ganha um novo conjunto de quatro downs. Se não conseguir, o adversário ganha a posse de bola. Geralmente, se a equipe estiver no quarto down e longe da end zone adversária, ela tentará um punt (chute para o time adversário) ou um field goal, dependendo da distância para os postes.

As penalidades no futebol americano variam de acordo com o grau no qual ela foi cometida:

  • Holding: Quando um jogador agarra o adversário de maneira ilegal para impedi-lo de se movimentar.
  • False start: Quando um jogador do ataque se movimentou ilegalmente antes do snap (início da jogada).
  • Offside: Quando um jogador da defesa ultrapassa a linha de scrimmage antes do início da jogada.
  • Pass interference: Quando um defensor impede ilegalmente um recebedor de pegar a bola antes que ela chegue.

Cada penalidade resulta em uma perda de jardas para o time que cometeu a infração, que vão variar de acordo com a situação, e pode até resultar em novas oportunidades de downs para o time adversário.

Uma partida de futebol americano tem quatro quartos de 15 minutos cada. O  tempo pode ser parado por várias razões, como passes incompletos, saídas de bola pela lateral ou lesões. Isso faz com que a duração total do jogo ultrapasse  duas horas de duração.

Entre o segundo e o terceiro quarto, há um intervalo conhecido como “halftime”, de 15 minutos onde as equipes têm a chance de descansar e reformular suas estratégias. 

SISTEMA DE DIVISÕES

A NFL é composta por 32 times, que são divididos igualmente em duas conferências: a AFC (American Football Conference) e a NFC (National Football Conference). Cada conferência tem 16 times, e cada uma é subdividida em quatro divisões com quatro times cada: Norte, Sul, Leste e Oeste (exemplo: AFC North, NFC West, etc). Essas divisões são baseadas principalmente na localização geográfica das equipes. Essa estrutura de divisões e conferências define boa parte do calendário de jogos e quem enfrenta quem ao longo da temporada.

A temporada da NFL é dividida em três fases principais: a temporada regular, os playoffs e o Super Bowl. A temporada regular tem 18 semanas, com cada time jogando 17 partidas e folgando em uma semana. Os jogos são organizados de forma a incluir confrontos dentro da mesma divisão, dentro da mesma conferência e também contra times da conferência oposta.

Ao fim da temporada regular, 7 times de cada conferência se classificam para os playoffs: os 4 campeões de divisão e os 3 melhores times que não venceram sua divisão (os chamados “wild cards”). Os playoffs são no formato de mata-mata, com confrontos dentro de cada conferência até que restem apenas os dois campeões de conferência. Esses dois times se enfrentam no Super Bowl, grande evento final da temporada e um dos maiores espetáculos esportivos do mundo.

O Draft é o sistema de recrutamento de novos jogadores universitários. Ele acontece todo ano em abril e é a principal forma dos times renovarem seus elencos. A ordem de escolha é definida pela classificação da temporada anterior: os piores times escolhem primeiro e os melhores, por último, para manter um equilíbrio competitivo. Já o sistema de franquias se refere ao modelo em que os times pertencem a donos ou grupos privados, com autonomia para gerir operações, mas todos obedecendo ao mesmo teto salarial (salary cap) e regras da liga.

EXPRESSÕES E BORDÕES 

Todo espectador e torcedor de NFL já se acostumou em ouvir um grito de “É TOUCHDOWNNNNN!”, ou interlocuções como “LÁ VAI ELE!”, Esses bordões compõem a memória afetiva dos torcedores. Mas assim como esses bordões que se tornam épicos com tempo, existem outras expressões que fazem parte do vocabulário do torcedor.

O first down é a principal “meta intermediária” do jogo. Cada time tem quatro tentativas (downs) para avançar pelo menos 10 jardas. Se conseguir, ganha um novo “first down” e mais quatro chances. Se não conseguir, ou entrega a bola ao adversário ou tenta um chute (punt ou field goal). Exemplo: o time começa no 1st & 10. Ganha 4 jardas na primeira jogada, 3 na segunda e 3 na terceira — total de 10 jardas. Pronto, first down conquistado 

Flag é a famosa “falta”. Quando um jogador comete uma infração, os árbitros jogam um pano amarelo (a “flag”) no campo e param a jogada. Por exemplo, um “holding” (segurar o adversário de forma ilegal) pode anular uma jogada incrível. É comum ouvir na narração algo como: “Tem pano amarelo no gramado! Tem flag voando!” — típico do estilo divertido do Rômulo Mendonça, que ainda pode soltar um “o juiz tá pistola!

Interception é quando o quarterback lança a bola e ela é interceptada por um jogador da defesa, que pega a bola no ar antes de ela chegar ao seu alvo. Por exemplo: o QB tenta um passe forçado, o defensor lê a jogada, salta e agarra — interceptação! E aí vem o bordão clássico: “É turnover! A defesa apareceu!” ou o clássico “ELE ROUBOU A CENA!” de Rômulo Mendonça.

Blitz é uma jogada defensiva agressiva em que vários jogadores da defesa correm em direção ao quarterback, tentando pressionar ou derrubá-lo antes que ele consiga lançar a bola. Quando dá certo, é devastadora. Os narradores costumam dizer: “Vem pressão! Vem blitz pesada!” ou até soltam uma brincadeira tipo “Mandaram todo mundo, até o segurança do estádio!

Hail Mary: passe longo da linha de ataque. Quando o QB lança bola direto a end zone na esperança que o receptor a pegue antes de ser derrubado. Quando isso acontece, é impossível não lembrar do “JOGA PRO ALTO E REZAAAAAAA…”, cheia de emoção do narrador Everaldo Marques no jogo conhecido como “O milagre de Detroit” na partida entre Detroit Lions e Green Bay Packers na temporada de 2015.

O DOMINGO DE FUTEBOL

O futebol americano é mais que um esporte nos Estados Unidos — é um evento cultural, social e emocional que movimenta milhões de pessoas. A cultura e o espetáculo da NFL estão presentes em todos os detalhes: desde a estrutura das partidas, os uniformes estilosos, a trilha sonora envolvente, até o jeito como a torcida acompanha cada lance com intensidade quase religiosa.

O jogo é feito para o entretenimento — e não só dos fãs hardcore, mas também de quem está chegando agora. Tudo tem peso de show: câmeras que aproximam o torcedor da emoção do campo, trilhas épicas, gráficos chamativos e até os bastidores dos times fazem parte da atração. A NFL é um produto cultural que vai além das quatro linhas, influenciando moda, música, cinema e até política. 

O Super Bowl é o auge do campeonato. Trata-se do maior evento esportivo dos Estados Unidos, assistido por mais de 100 milhões de pessoas todo ano. Ele decide o campeão da temporada da NFL e é acontece sempre no domingo,com um tom grandioso, em ritmo de feriado nacional.

É o momento em que a cultura americana se exibe em sua forma mais pop: times em campo com os melhores do ano, transmissão cinematográfica, celebridades na plateia, e claro, os shows do intervalo — que já tiveram nomes como Beyoncé, Shakira, Rihanna, The Weeknd, Katy Perry, Michael Jackson… Esses shows são  um evento à parte, e às vezes até ofuscam o próprio jogo. Além disso, os comerciais exibidos no intervalo custam milhões de dólares por segundo, e são produzidos em alto padrão, muitas vezes com celebridades, roteiros emocionantes ou muito humor. Muita gente assiste só pelos comerciais e pelo show — é o único jogo da temporada com esse poder.

A expressão “Domingo de NFL” é  sagrada nos EUA e tem ganhado força também no Brasil. O domingo é reservado para isso: jogos começam à tarde, seguem até a noite, e viram um ritual social. Amigos se reúnem, rola churrasco, pizza, petiscos, cerveja — é tipo um “domingo de futebol” brasileiro, mas com mais estrutura de evento. As pessoas vestem camisas dos times, discutem lances nas redes sociais, montam seus rituais pessoais ou familiares. No Brasil, com a popularização das narrações de Rômulo Mendonça e comentários de Paulo Antunes, ganhou um ar único, com bordões, humor e até memes próprios. 

As fantasy leagues (ligas de fantasia) fazem parte do universo gamer e estatístico do futebol americano. Nelas, os fãs criam seus próprios times virtuais escolhendo jogadores reais da NFL. A pontuação é baseada no desempenho real de cada jogador nos jogos da semana. É como um “Cartola FC”, só que muito mais detalhado e competitivo. Isso aproxima o público do esporte, porque quem joga fantasy começa a acompanhar vários jogos ao mesmo tempo, torcendo pelos jogadores do seu time virtual. Existem também jogos oficiais, como o Madden NFL, que ajudam a expandir a cultura do futebol americano entre os gamers, inclusive fora dos EUA.

FUTEBOL AMERICANO NO BRASIL

Nos últimos anos, a NFL tem crescido no Brasil, e isso não é coincidência. Esse movimento vem de um conjunto de fatores: transmissões de qualidade, a força do Super Bowl como evento cultural, redes sociais que ajudam a quebrar o “estranhamento” das regras, e claro, a presença de brasileiros dentro da liga. Ter representantes nacionais faz o torcedor se conectar mais com o esporte — e o Brasil já tem alguns nomes importantes nesse contexto.

O mais conhecido é Cairo Santos, kicker do Chicago Bears (que já passou por outros times). Ele é o primeiro brasileiro a ter sucesso real e duradouro na NFL, com  temporadas sólidas. Começou nos EUA ainda jovem, como estudante, e virou referência .Outro nome é Duzão (Durval Queiroz Neto), que passou um período no Miami Dolphins após destaque no Brasil. Ele não chegou a jogar partidas oficiais de temporada regular, mas sua trajetória simboliza o caminho possível para jogadores brasileiros.

Além disso, o futebol americano vem crescendo como prática no Brasil, com times nacionais e ligas independentes se formando em várias cidades. Temos o Brasil Futebol Americano (BFA) como a principal liga, com clubes como o Timbó Rex, Galo FA, João Pessoa Espectros e Corinthians Steamrollers. Esses times treinam sério, têm torcida, jogam campeonatos nacionais e até participam de torneios internacionais. Apesar das dificuldades de estrutura e investimento, o nível técnico vem subindo — e o amor pelo esporte é gigante.

Há também ligas femininas e times universitários, ampliando a base e a inclusão. Muitos desses atletas são voluntários, bancam parte dos custos do próprio bolso e se dedicam com a mesma paixão de um profissional. E a popularização da NFL ajuda indiretamente: quanto mais gente acompanha os jogos americanos, mais curiosidade surge sobre os times locais

Alem de toda campanha do Brasil fora daqui, a NFL nos últimos anos está buscando alternativas de popularizar o esporte e atrair novos espectadores para a liga, um exemplo disso são os jogos internacionais. Os times da liga jogam fora dos Estados Unidos. Cada time joga no país em que detém mais direitos de marketing e publicidade que sofrem mudanças ao longo dos anos. No Brasil, o primeiro jogo aconteceu em setembro de 2024 entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers. A partida aconteceu na Neo Química Arena, casa do Corinthians e na ocasião, o time da Philadelphia levou a melhor. Em 2025, o confronto será entre Los Angeles Chargers e Kansas City Chiefs também no mês de setembro.

COMO ACOMPANHAR A TEMPORADA 

Quem quiser acompanhar a NFL no Brasil hoje tem ótimas opções. Um dos veículos que transmite é a ESPN, que passa  jogos ao vivo toda semana, com narração e comentários em português. É onde estão nomes icônicos como Fernando Nardini, Ari Aguiar, Paulo Antunes. Para quem prefere streaming, todos os jogos da temporada (ao vivo e sob demanda) estão disponíveis no Disney Plus. Lá, dá para acompanhar o RedZone (uma cobertura que mostra vários jogos ao mesmo tempo), replays e documentários.

Outra opção é o NFL Game Pass (agora chamado de NFL+ em alguns lugares), disponível também via Disney Plus. Ele oferece todos os jogos, com narração original em inglês, além de câmera de técnico, análises táticas e recursos para quem quer se aprofundar mais no jogo em si. É mais voltado para fãs que querem mergulhar fundo no futebol americano, mas também pode ser interessante pra quem já está pegando o ritmo.

Pra se manter informado fora dos jogos, alguns perfis brasileiros especializados explicam, analisam e cobrem a NFL com muito conteúdo de qualidade. Alguns que vale seguir:

  • Endzone Brasil (@EndzoneBrasil): traz notícias, análises, podcasts e muito conteúdo didático, bom pra quem tá começando.
  • Esporte na Rede NFL (@EsporteNaRedeNFL): cobertura de jogos, rankings, curiosidades e informações atualizadas.
  • NFL Brasil (@NFLBrasil): perfil oficial da liga em português, com conteúdos interativos, vídeos, bastidores, memes e agenda da temporada.
  • Outros ótimos: The Playoffs, ProFootballBR, Liga dos 32 — todos oferecem textos, vídeos, podcasts e atualizações.

Na hora de escolher um time pra torcer, o ideal é fugir da pressão e ir pelo caminho mais leve e divertido. Algumas dicas:

  • Identificação com cidade ou cultura: curte Nova York? Talvez os Giants ou Jets. Gosta de uma vibe californiana? Tem 49ers, Chargers, Rams…
  • Histórias de superação: times como o Detroit Lions ou o Cleveland Browns têm torcidas fiéis apesar de anos difíceis — e isso gera empatia.
  • Tradição e títulos: Patriots, Steelers, Cowboys e 49ers são algumas das franquias mais vitoriosas da história.
  • Jogadores carismáticos: Às vezes, o jeito mais fácil de se conectar com um time é se encantar por um quarterback ou um wide receiver (como Mahomes no Chiefs, Lamar,  Joe Burrow no Bengals, etc.)

Para quem está começando a assistir, o ideal é pegar jogos com narradores brasileiros, porque eles explicam muita coisa durante a transmissão. Vale também assistir jogos de playoff, com mais emoção e ritmo mais acelerado. Outro ótimo ponto de partida é o RedZone, porque mostra  jogos simultaneamente com foco nas jogadas mais importantes — ótimo para entender os momentos-chave do jogo. Além disso, buscar resumos (highlights) no YouTube ajuda muito a aprender aos poucos, sem ficar preso nas pausas do jogo completo.

MUDANÇAS DA TRANSMISSÃO EM 2025

A grande mudança para 2025/26 é a entrada do Grupo Globo como novo parceiro oficial da NFL no Brasil: o acordo prevê jogos ao vivo ao longo de toda a temporada nas plataformas da emissora, com forte presença no SporTV e também no recém-lançado canal digital gratuito GE TV que estreia em 4 de setembro e passa a carregar parte das transmissões e conteúdos de apoio. Até o momento, o SporTV programará três partidas por rodada — uma às quintas-feiras e duas aos domingos. A ESPN permanece como parceira importante, mas com grade reduzida: dois jogos no domingo à tarde e o Monday Night Football às segundas, com os confrontos exibidos também no Disney+.

Para quem quer tudo, todas as partidas seguem disponíveis no NFL Game Pass via DAZN no Brasil. No time de transmissão, a Globo confirmou o narrador Everaldo Marques de volta à NFL e anunciou a contratação do comentarista Antony Curti (ex-ESPN); já Paulo Antunes optou por permanecer na ESPN — movimentos que ajudam a explicar a divisão de vozes entre as casas nesta nova configuração

Sobre as datas-chave da temporada:

  • Início da temporada regularprimeira quinta-feira de setembro (em 2025 será no dia 4 de setembro, com jogo do atual campeão em casa).
  • Thanksgiving Games (Jogos de Ação de Graças): acontecem sempre na última quinta-feira de novembro — tradição nos EUA, com 3 jogos seguidos.
  • Natal e Ano Novo: quando o calendário permite, a NFL encaixa jogos nesses dias — um presente pra quem ama o esporte.
  • Playoffs: começam no início de janeiro.
  • Super Bowl: o grande final da temporada acontece no segundo domingo de fevereiro — em 2026, será no dia 8 de fevereiro.
  • E no meio disso tudo, tem o Pro Bowl Games (evento festivo com desafios de habilidades) e a trade deadline (pra quem gosta de bastidores e negociações).

O futebol americano é junção perfeito de emoção e técnica, sendo um exemplo de como esporte e cultura se conversam a todo tempo. Se você se interessa pelo esporte, aprender mais sobre ele dá uma emoçãozinha a mais quando a bola chegar a end zone

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