Crotone, tradicional equipe italiana, está sendo investigado por suposto envolvimento com máfia

O Crotone, equipe do extremo sul da Itália, que atualmente disputa a terceira divisão do futebol do país, está sendo investigado por suspeitas de envolvimentos com a máfia.

O clube que leva o nome de sua cidade, foi fundado em 1910 e passou a maior parte de sua história circulando entre as divisões inferiores do futebol italiano. Entretanto, em 2000, veio uma virada de chave, com a primeira participação do Crotone na Serie B. Daí em diante, o Rossoblù viveu idas e vindas na segunda divisão, conseguindo o primeiro acesso a Serie A para a temporada de 2016-17.

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Em seu primeiro ano na primeira divisão, o Crotone conseguiu escapar do rebaixamento na última rodada, após uma vitória heróica por 3 a 1 sobre a Lazio. No ano seguinte, no entanto, a equipe não conseguiu evitar a queda, voltando a disputar a Serie A novamente na temporada 2020-21. Até o momento, essa foi sua última participação na primeira divisão.

Crotone celebrando a permanência na Serie A na temporada 2016-17 Foto: Getty Images
Crotone celebrando a permanência na Serie A na temporada 2016-17 Foto: Getty Images

Segundo os investigadores da polícia, existem evidências consideráveis de infiltração da máfia Ndrangheta nos negócios do clube. A organização criminosa é muito influente na Calábria, região na qual se localiza a cidade de Crotone.

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Apesar das investigações seguirem em andamento, o clube não sofrerá nenhuma punição esportiva, podendo seguir suas atividades normalmente. Em nota oficial, o Crotone reforçou não ser cúmplice de envolvimentos com a máfia, e se colocou em disponibilidade de auxiliar a polícia nas investigações.

“O FC Crotone colabora ativamente com os administradores judiciais nomeados pelo tribunal para continuar suas atividades no melhor interesse do clube, dos torcedores e do esporte em geral”

Segundo o Ministério Público Italiano, o clube se envolveu de maneira indireta com a máfia, que entrou no clube por meio da venda de ingressos e das operações de segurança da equipe. Ou seja, o envolvimento não surgiu mediante atitudes do clube.

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