Corinthians sai na frente no dérbi e derrota o Palmeiras na ida das oitavas da Copa do Brasil

Em clássico eletrizante, com pênalti, golaço e polêmica de VAR, o Corinthians venceu o Palmeiras por 1 a 0 nesta quarta-feira (30), na Neo Química Arena, e saiu na frente nas oitavas de final da Copa do Brasil. Diante de mais de 46 mil torcedores, o time comandado por António Oliveira foi mais eficiente nas chances que criou e contou com um gol de Memphis no segundo tempo para construir a vantagem no duelo. O Verdão, por sua vez, teve momentos de pressão, chegou a empatar com Maurício, mas o lance foi anulado por impedimento milimétrico de Gustavo Gómez.

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Equilíbrio e pênalti perdido

O dérbi começou quente na Neo Química Arena, com clima de mata-mata desde o primeiro apito. A torcida do Corinthians empurrou o time desde o início, e logo no primeiro minuto, a equipe já pressionava em cobrança de escanteio. A bola sobrou na área após desvio, e Weverton fez sua primeira defesa da noite. O Palmeiras respondeu com um cabeceio de Gustavo Gómez que parou nas mãos de Hugo Souza.

Aos 15 minutos, o lance que mudou o tom do jogo: Memphis Depay recebeu na entrada da área, dominou no peito e tentou a finalização, mas foi travado por Gustavo Gómez. Após revisão do VAR, o árbitro Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti para o Corinthians e aplicou o amarelo ao zagueiro paraguaio. Yuri Alberto foi para a cobrança, mas viu Weverton voar no canto direito para fazer uma defesa espetacular, mantendo o placar zerado.

O Corinthians seguiu melhor, com mais posse de bola e volume ofensivo. Matheuzinho ainda obrigou Weverton a mais uma defesa difícil aos 25 minutos, em chute de longa distância. Já o Palmeiras só conseguiu criar sua primeira finalização aos 33, em jogada de Vitor Roque que terminou com chute por cima do gol. A melhor chance alviverde veio aos 43: após troca de passes, Giay finalizou com perigo e Ramalho salvou em cima da linha.

No último lance da etapa, Garro puxou um contra-ataque veloz pela esquerda, foi puxado por Facundo, e o Corinthians pediu falta. A arbitragem ignorou a infração e encerrou o primeiro tempo em meio às vaias da torcida corintiana, que reconhecia o bom desempenho, mas lamentava o empate parcial.

Um ataque certeiro do Corinthians

A segunda etapa começou com o Corinthians buscando manter a intensidade e o Palmeiras tentando equilibrar as ações. Carrillo arriscou chute cruzado logo aos dois minutos, exigindo desarme de Fuchs na pequena área. O Palmeiras respondeu em bola parada, com Ramón Sosa finalizando de fora da área, mas Hugo Souza defendeu com segurança.

Aos poucos, o Verdão passou a ocupar mais o campo de ataque, especialmente com jogadas de Sosa e Piquerez pelo lado esquerdo. Vitor Roque tentou abrir espaços com dribles e velocidade, mas esbarrou na marcação sólida do Corinthians e nas seguidas faltas cometidas por Raniele.

O gol do Corinthians saiu aos 33 minutos em uma jogada bem ensaiada. Após falta rápida cobrada por Garro, Matheuzinho cruzou da direita e Memphis apareceu livre na área para cabecear no cantinho, sem chances para Weverton. Foi o primeiro gol do holandês em clássicos, e a Neo Química Arena explodiu em festa.

Mas a comemoração alvinegra virou tensão pouco depois. Aos 36, o Palmeiras chegou a empatar com Maurício, após escorada de Gómez dentro da área. No entanto, o VAR entrou em ação novamente e flagrou impedimento milimétrico do zagueiro palmeirense no início da jogada. O gol foi anulado, e a confusão começou: jogadores do Verdão comemoraram de frente para a torcida do Corinthians e foram repreendidos por Hugo Souza, o que gerou um princípio de tumulto.

Nos minutos finais, o Palmeiras ainda tentou pressionar com Flaco López e Maurício, mas Hugo Souza se manteve seguro e evitou o empate. Do outro lado, Memphis e Garro puxaram contra-ataques que terminaram em chutes para fora. No último lance, Gómez tentou o lançamento final, mas o apito soou antes que a bola chegasse ao ataque.

Com o resultado, o Corinthians leva vantagem para o jogo de volta, podendo empatar para se classificar às quartas de final. Já o Palmeiras precisará vencer por dois gols de diferença para avançar no tempo normal, ou por um para levar a decisão aos pênaltis. O segundo capítulo do clássico paulista promete mais emoções e tensão à flor da pele.

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