Presidente da CBF é alvo de operação da PF por suspeita de compra de votos em Roraima

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (30), no âmbito da compra de votos nas eleições municipais de 2024, no estado de Roraima. A ação, batizada de Operação Caixa Preta, inclui dez mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao presidente e na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Federal, a operação decorre de indícios de compra de apoio político e distribuição irregular de recursos, ligados à campanha da deputada federal Helena Lima (MDB-RR), da qual Xaud é suplente. As apurações ganharam força após uma abordagem policial em setembro de 2024, quando o marido da deputada foi flagrado transportando R$500 mil em espécie, parte escondida na roupa íntima.

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Como medida cautelar, a Justiça também determinou o bloqueio de cerca de R$10 milhões em bens dos investigados. Apesar disso, a PF destacou que Samir Xaud não figura como o principal alvo da investigação até o momento. Ainda assim, a residência do presidente da CBF e outros endereços ligados a ele foram alvo das diligências.

A Confederação Brasileira de Futebol emitiu nota afirmando que a operação “não tem relação com a entidade ou com o futebol brasileiro” e que Samir Xaud está à disposição das autoridades. A CBF também informou que nenhum material foi apreendido durante a passagem dos agentes pela sede da instituição, que durou cerca de 30 minutos.

Samir Xaud foi eleito presidente da CBF em maio de 2025, após a cassação judicial de Ednaldo Rodrigues. Na ocasião, ele foi candidato único e venceu com apoio de 25 das 27 federações estaduais.

Até o momento, não há indiciamento formal contra Xaud, que segue no comando da entidade e se mantém em silêncio sobre o caso.

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